Na manhã seguinte Rodolffo tomava café com a mãe e a irmã. Juliette estava na cozinha e ainda não tinha saído de lá.
- Senhora Maria o Rodolffo pediu-me namoro e eu aceitei. - disse mostrando a aliança.
- Por Deus, Juliette! Isso se chegar aos ouvidos dos patrões vai ser um sururu!
- Só a senhora e nós sabemos. Espero que não saía por aí a contar.
- Deus me livre. Não quero confusões para o meu lado, mas prepara-te porque daqui a dois dias o Rodolffo não vai estar cá para te proteger.
Filomena vinha a entrar naquele momento.
- Proteger do quê e de quem?
- Estava a comentar com Juliette que não pode apanhar muito sol e deve proteger-se.
- É verdade. Este Verão tem sido muito quente. Protege-te rapariga. Maria, quero que faças frango assado para o almoço.
- Algum acompanhamento especial?
- Não. O trivial. Vou sair com Rodolffo e Isabel, mas voltamos para o almoço.
Os três saíram, Maria permaneceu na cozinha, Eugénia e Juliette subiram para limpar os quartos.
Juliette estava a limpar o quarto de Rodolffo quando este entrou. Tinha-se esquecido da carteira.
Viu que Eugénia estava ao fundo do corredor no quarto da mãe e atreveu-se a roubar um beijo a Juliette.
- Esta noite vou no teu quarto. Não tranques a porta.
Juliette repreendeu-o com um dedo nos lábios e impediu que ele falasse.
- És doido, e se te vêem?
- Caso contigo e levo-te comigo.
- Vai embora, sai daqui.
Rodolffo obedeceu e desceu as escadas a correr pois já a mãe gritava da rua.
Enquanto Filomena e Isabel visitavam as diferentes boutiques da Rua Augusta e Chiado, Rodolffo preferiu sentar-se na esplanada do café "A Brasileira" e tomar um café.
Ao fim de horas mãe e filha desciam o Chiado carregadas de sacolas.
- Tu não compras nada, filho?
- Não. Comprei apenas as um presente para uma amiga especial.
- E onde está?
- Aqui no bolso. É pequeno e não é necessário sacola.
- Quem é a amiga mano? Eu conheço?
- Creio que não.
- É da Suíça?
- Ahahaam.
- Se já compraram tudo voltemos a casa vamos almoçar e preparar para fazer as malas.
- De certeza que vou pagar excesso de bagagem. Tenho tantas coisas novas para levar!
- Pede ao teu irmão para levar algumas . Ele só tem uma maleta pequena.
- Posso levar algumas coisas menos calcinhas. Não quero morrer de vergonha se abrirem a mala.
- Vergonha estava de férias quando nasceste. Desde quando tens vergonha?
Entraram em casa, arrumaram as sacolas e dirigiram-se para a sala se jantar.