Rodolffo ia partir para cima do pai, mas Isabel pôs-se na frente e impediu.
- Não percas a razão Rodolffo. Ele não vale a pena.
- Imundo. Espero que ardas no fundo dos infernos.
- Santinho. No que és mais que eu? Meteste-te na cama de uma menina de 15 anos.
- Eu não a forcei. E pretendo casar com ela.
- Elas dizem não, mas querem dizer sim. Não se sabem expressar.
- O senhor é um canalha sem escrúpulos. Quantas jovens não devem ter sofrido nas suas mãos.
- É só no início. Depois com algum dinheiro tudo se resolve.
- Nem tudo se resume a dinheiro. - disse Eugénia que vinha a chegar.
- Falou a puta mor. Tu não recebeste dinheiro?
- Recebi, mas porque me era devido pela empresa. Eu fui despedida quando o confrontei com a gravidez. Os meus pais morreram de vergonha pela que fez. Achei justa a compensação.
- Acolhida nesta casa foste mais que compensada. - disse Maria.
Eugénia virou-se e pregou dois valentes estalos em Maria.
- Isto é por todas nós. Porque eu sei que a senhora sabia de tudo o que se passava e acobertava o patife.
- Tornas a bater na minha irmã e vais sentir a minha mão também.
- IRMÃ?????
- Irmã sim. A Maria está comigo desde sempre. É a única que me entende.
- Irmã e não passa de uma serviçal do patrão.
- Por opção dela, mas agora vamos lá esclarecer o que se passou aqui.
- Passou que os podres da familia foram expostos.
- Eu quero todos fora da minha casa.
Só vai ficar a Maria comigo.- Não podes fazer isso Francisco.
- Posso e vou fazer. Todos para a rua.
- Eu vou procurar a Juliette, mas pretendo voltar para ajustarmos contas.
No exterior da casa ouvia-se um grande alarido. Rodolffo veio espreitar e viu uma jovem querendo entrar e Tomás não deixando.
- Quem é a moça? Pode deixar entrar Tomás.
- Quero falar com o senhor Francisco.
- Mas a senhora está toda machucada no rosto. Não é melhor ir ao hospital?
- Irei depois. Agora por favor deixe-me falar com ele.
Francisco ouviu o seu nome e saiu de casa.
- Laura, o que está aqui a fazer? Esquecemos alguma coisa na empresa?
- Esquecemos isto.
Ban BanLaura trazia a mão no bolso do casaco, retirou uma arma e disparou dois tiros na cabeça de Francisco que caiu por terra.
- Nunca mais has-de violar ninguém.
Ao dizer isto deixou cair a arma no chão e ajoelhou-se a chorar.
Todos estavam em pânico. Rodolffo era o mais calmo e pediu uma cadeira para a moça se sentar.- Podem chamar a policia. Eu espero aqui. - disse ela.
Rodolffo pediu a Tomás para o fazer e foi falar com ela.
- Conte-me o que aconteceu.
- Comecei a trabalhar há uma semana. Hoje fui manietada e agredida. Tentei resistir e ele foi muito violento. Isto que vê no rosto também tenho no corpo. Violentou-me de toda a maneira e feitio. Foram 3 horas de sofrimento atroz. Veja os meus braços. Até cigarros apagou em mim, nas costas está igual.
Vou para a prisão, mas ele não fica cá para contar. O senhor é o filho?- Sim.
- Desculpe e peça desculpa por mim à sua família.
- Não se preocupe. Vou arranjar um advogado para a defender.
- Mas era seu pai?
- É uma longa história. Fique calma.
Apenas Maria estava ajoelhada a chorar ao pé do irmão. Filomena Eugénia e Isabel estavam dentro de casa.
A polícia chegou, tomou conta da ocorrência, pediu a comparência do médico legista e de seguida levaram Laura.
- Tomás, conheces o advogado da empresa?
- Sim. O Doutor Augusto.
- Liga para a empresa e pede para vir aqui ainda hoje. Não digas nada, deixa que eu falo com ele.
Assim que levaram o corpo, Rodolffo entrou em casa e quis falar com todas.
N/A
Querem mais drama ou tá bom?