- Vamos depressa Tomás, a Juliette vai ter a criança.
- Não posso ir mais rápido. Estamos a chegar.
Assim que estacionaram Rodolffo saiu e entrou a correr em casa.
- Ju! Cheguei, meu amor.
Entrou no quarto e ela estava sentada na cama com a mala ao lado, pronta para ir para a maternidade.
- Dói tanto, Rodolffo. - disse ela contorcendo-se a cada contração.
Ele segurou nela ao colo, pegou na mala e saiu de casa. Colocou-a no carro, voltou atrás para fechar a porta e mandou Tomás correr.
- Correr não que não quero ter um acidente.
- Falta muito, Tomás?
- Calma menino. Já chegámos.
Pegou em Juliette no colo e correu para a entrada da maternidade.
- A minha filha vai nascer. Um médico.
- Senhor, coloque a sua esposa aqui nesta maca. Agora vamos tratar dela.
Rodolffo ficou na sala de espera enquanto Juliette era levada para dentro.
- Porque ninguém me vem dizer nada? Que agonia Senhor.
Senhora enfermeira, demora muito?- É assim mesmo. Logo lhe vêm trazer notícias.
Algum tempo depois que para ele significaram horas, uma enfermeira vem dar-lhe a notícia de que a criança tinha nascido.
Rodolffo sorriu e quis ir vê-las.
- Espere mais um pouquinho que estão a prepará-las para irem para o quarto.
Quando finalmente lá chegou, Juliette amamentava Maria Inês.
- Que lindas, as minhas princesas. Obrigado meu amor por este presente.
- É tão linda, não é Rodolffo?
- A bébé mais linda que já vi. Doeu muito?
- A dor já passou. Olha como ela mama direitinho.
- A fazer-me ciúmes, é lindeza?
- Rodolffo!!!
- Estou a brincar. Eu passei um nervoso muito grande ali fora. Demorou muito tempo.
- E não. Eu achei que foi rápido.
- Misericórdia. É uma angústia que não tem fim.
Dois dias depois os três saiam da maternidade de regresso a casa.
Na porta deles estava um táxi e uma jovem descia do mesmo e pegava a mala que o motorista lhe entregava.
- Juliette, é a Isabel.
- A Isabel? Sabias que vinha?
- Não. Veio de surpresa.
- Ah não! Não cheguei a tempo de ver o nascimento?
- Pois não Isabel. A Maria Inês chegou há dois dias.
- Deixa eu pegar, Ju. Aí que coisa fofa.
- Vamos entrar. Tomás, de momento não preciso de ti. Podes ir.
Entraram em casa e foram para o quarto. Juliette trocou a fralda de Inês e colocou-a para dormir.
- Isabel, vieste só para ver a tua sobrinha?
- E a ti e à Juliette. Estava com saudades. Talvez vá a Coimbra.
- Vai mana. A Eugénia vai ficar tão, mas tão feliz que tu não imaginas.
- Eu sei. Continuo e corresponder-me com ela.
- E o Martin?
- Estamos meio que chateados. Eu decidi vir para lhe dar um tempo e repensar tudo. Quando regressar logo se vê.