A Luz na Escuridão (J-HOPE)

Capítulo 3

Jin-Ah

Era uma noite chuvosa quando meus amigos insistiram para que eu fosse ao show. Eu estava tão focada nas provas da faculdade que não queria perder tempo com isso. Além do mais, eu não era exatamente rica; meu pai, que tinha um pequeno restaurante, fazia o melhor que podia para me dar uma vida confortável, mas gastar dinheiro com entretenimento não estava no topo da minha lista. Meu trabalho como maquiadora em um estúdio renomado ajudava a pagar minhas contas e a faculdade, e eu amava o que fazia, mas as prioridades estavam sempre nas minhas responsabilidades acadêmicas.

Minha amiga Yu-Ri estava determinada. Ela acabou pagando meu ingresso e me arrastou para o show. Eu estava um pouco reticente, mas assim que a música começou, percebi que tinha sido uma ótima decisão. O show foi espetacular — a batida das músicas, as letras, a energia do palco. Desde que conheci o BTS, meu membro favorito sempre foi o J-Hope, e ver ele ao vivo foi uma experiência memorável. Apesar de que, em muitos momentos, as fãs ao meu redor estavam mais preocupadas em gritar para chamar a atenção de J-Hope do que realmente aproveitar o show, eu me diverti muito.

Após o show, enquanto a empolgação ainda estava no ar, meus amigos queriam tirar fotos com os membros da banda. Quando finalmente chegou a nossa vez, eu estava nervosa, mas animada. J-Hope estava ali, e quando chegou a minha vez, ele me olhou com aquele sorriso característico. Eu estava tão nervosa que mal consegui falar.

"Oi, qual é o seu nome?" ele perguntou de forma amigável.

"Prazer, sou Jin-Ah," eu respondi, tentando manter a calma.

"Prazer é meu," ele disse, ainda sorrindo, antes de tirarmos a foto juntos. Sua resposta calorosa me deixou aliviada e feliz.

..........

Alguns dias depois, eu estava em uma cafeteria comum, tentando aproveitar um momento tranquilo, quando eu quase tive um infarto ao ver J-Hope de novo. Ele estava com os outros membros do BTS, numa mesa mais reservada, mas visível o suficiente para que eu os visse claramente. O fato de encontrá-lo ali, em um lugar tão normal, me deixou nervosa. Não era todo dia que se esbarrava com um artista famoso assim fora de um evento. Eu não era uma fã obcecada, mas a surpresa de ver alguém tão conhecido em um cenário tão cotidiano me deixou desconcertada.

Nosso olhar se cruzou por um breve momento, e eu hesitei em cumprimentá-lo. O receio de ser ignorada e a sensação de invasão me fizeram decidir sair discretamente da cafeteria antes que a situação ficasse mais estranha.

A experiência de ver J-Hope novamente foi surreal, e eu voltei para minha realidade com a memória daquele encontro inesperado. A noite do show e aquele momento na cafeteria ficaram gravados na minha mente como algo que eu nunca esperaria vivenciar.