Capítulo 7

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ALEX HOPPER

John Paul Jones avançava cada vez mais para a costa de Honolulu, concluindo inicialmente a primeira fase do plano para acabar de vez com aquela nave. Caminhei em direção ao dormitório, sentando em uma das camas e arquitetando em minha cabeça o que faríamos para resgatar Dana. Eu estava em um impasse. A cada minuto que eu passava sem fazer alguma coisa, poderia custar a vida da minha namorada lá dentro, mas se eu também não fizesse nada para salvar o navio e sua tripulação, estaria colocando em risco a única maneira de poder tirá-la de lá.

Eu realmente não sabia qual caminho seguir.

Uma batida leve na porta me despertou e logo ela foi aberta por Lynch, que me encarou um pouco aflito e nervoso.

— Estamos nos aproximando do local, senhor.

Apenas assenti, levantando-me e passando por ele. Voltei para a sala de comando do navio, encontrando todos os oficiais e chefes esperando por alguma ordem minha.

— Você disse para onde irmos, mas não nos explicou nada, Hopper — Nagata falou, me encarando.

— Ordy fez uma observação mais cedo que eu julguei ser importante nesta altura do campeonato. Segundo ele, quando foi à praia com sua lagarta, ela ficou completamente maluca por causa da luz do sol — fiz uma pausa — Ele acredita que os alienígenas sofram da mesma condição de Penélope e por isso só nos atacaram a noite. As informações que temos é que eles evitam a luz do sol a qualquer custo. Sabendo qual o horário que o mesmo iria nascer, podemos surpreendê-los entre as duas ilhas e aproveitar para atacar. Eles estarão vulneráveis— apontei para o mapa, mostrando o local da emboscada — Nagata e eu iremos atirar com os rifles no vidro de proteção da cabine de controle deles, o que dificulta a sua visão. Nesse momento, o nosso armamento será lançado.

— É um bom plano — Raikes comentou, olhando para Nagata — O que acha disso, senhor?

— É uma boa oportunidade para treinar a minha pontaria — sorriu.

— Só há um problema, senhor — Lynch me olhou, apontando para a costa — O navio irá bater nos corais.

— É um risco que teremos de correr, Lynch — fechei meus olhos — Se aquela coisa nos alcançar, ela irá nos destruir e eu não posso deixar que isso aconteça. Muitas vidas aqui estão em jogo.

— E quanto a tenente Shane, senhor? — Raikes perguntou, temendo pela vida da melhor amiga.

— Nós iremos resgatá-la — a olhei e ela sabia o quão difícil era tomar aquela decisão — Preciso primeiro salvar este navio, é o único meio de ir atrás dela. Espero que Shane consiga ir se virando enquanto isso.

Raikes apenas balançou a cabeça e se afastou, enquanto eu e Nagata íamos até o convés do navio e nos posicionamos com os nossos rifles de longo alcance. Passei minhas mãos suadas em minhas calças e ajustei a mira, respirando fundo e esperando pelo momento certo.

— Contato em 7 milhas e se aproximando rápido — Raikes falou através do comunicador, avisando-nos.

— Ordy, começar a manobra — ordenei, olhando para a ilha que estava bem próxima.

— Muito bem, começar a manobra. Todo leme a bombordo — ele falou pelo rádio e então o navio começou a virar para a esquerda.

— Qual a situação? — perguntei a Lynch, que estava com Ordy.

— É muito coral, senhor.

— Vai dar certo — falei, olhando para o céu e vendo os primeiros sinais da aurora — Tem que dar — falei mais baixo, pensando em Shane — Onde aprendeu a atirar? — perguntei a Nagata, que ajustava sua mira.

Battleship - A Batalha Dos MaresOnde histórias criam vida. Descubra agora