Capítulo Vinte & Cinco

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Olá pessoal, estão bem? Passei para avisar que daqui em diante, não colocarei mais nomes no capítulo...estou sem criatividade para isso.
Beijos!

Vamos á história:

Sentei-me em uma mesa vazia e Saraha sentou-se ao meu lado, me fazendo companhia. Na verdade, ele apenas estava me contando sobre sua família e sua vida antes da guerra começar.

- Como se chamava sua mãe? - perguntei, dando uma garfada na macarronada.

- Latifah. - sorriu - Ela era indiana. - mexeu no seu bolso e tirou uma foto - Ela me entregou isso antes de partir. Este são meus pais e meus dois irmãos.

- Você se parecem com eles. - dei um sorriso e encarei a foto - Eu já vi esta mulher. - tentei me lembrar sobre este rosto - Ela estava naquela casa onde eu fui depois de ver você. Venha comigo Saraha.

Ele me encarou e se levantou, caminhando lado a lado comigo. Fomos a uma área afastada onde os refugiados estavam abrigados. Me levantei nas pontas dos pés e procurei pela mulher que eu havia falado. Eu a encontrei sentada com a cabeça encostada no peito do mesmo homem que estava na foto que Saraha me mostrará mais cedo.

- Vamos. - olhei para o garoto e segurei sua mão, chegando perto da cama onde eles estavam. Coloquei ele em um canto e fui até aquelas pessoas. - Olá, sou a comandante Shane. - falei em sua língua - Vocês são Latifah e Caliha?

- Sim, somos nós. - a mulher falou - O que você quer?

- Desculpe minha esposa, ela está muito abalada com tudo. - Caliha falou.

- Eu entendo. - dei um sorriso - Saraha, venha aqui. - olhei para trás e gritei.

A mulher levantou seu olhar e seguiu o meu, encontrando o garoto vindo até nós. Ela se levantou e correu de encontro ao menino, pegando-o no colo e chorando.

Depois de se acalmarem, me aproximei novamente deles.

- Eu o encontrei em um depósito dentro de uma loja de conveniência de um posto de gasolina. Como não podia leva-lo para o meu destino, pedi para que ele esperasse até eu voltar. Então estamos aqui. Ele me mostrou uma foto da família e foi aí que eu lembrei que a senhora, estava junto com aquelas mulheres.

- Eu te agradeço eternamente. - ela falou e me abraçou.

- Só fiz o que eu tinha que fazer senhora. Se eu não soubesse que vocês são os pais dele, teria o levado para a América comigo ainda hoje. - falei - Bem, agora eu me despeço. - me abaixei e abracei Saraha - Espero um dia poder te ver novamente garoto. - entreguei um papel a ele - Quando quiser me encontrar você sabe como fazer. Guarde.

- Obrigado. - ele disse e retribuiu o abraço.

Apertei as mãos de seus pais e caminhei para fora da área de refugiados, indo para a minha cabine separada.

Estou fisicamente bem, mas mentalmente, me sinto um caco. Preciso de férias.

Um barulho na minha porta me distrai, fazendo meu corpo se contrair de tensão.
Abri a mesma e vi Hopper, tomado banho, com o braço apoiado na parede. Ele levantou seu olhar e sorriu.

- O que foi?

- Vim te avisar que o avião está nos esperando. - falou

- Tudo bem, já estou indo. - dei um sorriso e me afastei, para fechar a porta.

- Dana...me desculpe. - ele disse, abrindo a porta - Eu só queria que você parasse e pensasse um pouco antes de fazer conclusões precipitadas. Não estamos no Hawaii e sim no Iraque.

Peguei minhas coisas e passei por ele.

- Vamos? - me virei e coloquei a mão na maçaneta.

Ele bufou e saiu, pegando sua mochila que estava no chão e me deixando sozinha.

Pedi uma poltrona separada e graças ao bom Deus eu consegui. Infelizmente, Hopper, Raikes e Nagata sentaram-se na minha frente.
Fechei os olhos e coloquei meus fones de ouvido, a princípio não ouvindo nada.

- Bem, ela dormiu e se não dormiu, está ouvindo música. - Raikes falou - Ela está muito brava contigo Hopper. Ninguém mandou você tranca-la.

- Ela iria sair atrás daquele menino. Não podia deixar e além do mais, cadê ele?

- Dana o levou até os pais. - Nagata disse - Bem, é sério, ela não gostou de sua atitude. Até parece que não conhece sua mulher.

- Ela não abriu a boca pra falar com a gente durante esse meio tempo. Ela está puta da vida.

- Se horas continuarem a me fazer sentir-se culpado, mudo de lugar. - ele disse - Ela precisava. Acha que o mundo gira em torno dela e sabe que não é assim. Suas intenções podem ser boas, mas arriscar-se assim, não posso deixar.

- O problema é que você saiu da vida dela tão de repente e quando ela se acostumou, você voltou como uma avalanche. Não deu tempo para ela pensar o que quer fazer em relação a você e ao Miguel. Dê um tempo a ela.

Ele não disse nada e também não fiz questão de ouvir. Coloquei alguma música para escutar e tornei a fechar os olhos, pensando na minha vida.

I'm On Fire do Bruce Springsteen, começou a tocar me tirando dos meus pensamentos.

Desembarcamos na base aérea do Hawaii, geralmente em Pearl Harbor, na costa. Desci calmamente do avião e varri o local, procurando pelo meu pai. Ele estava cumprimentando todos que desciam do avião. Parei na sua frente e dei um sorriso, batendo continência.

- Meus parabéns. - ele disse - Vejo que completou a missão com sucesso.

- Nem tanto assim senhor. Perdi três soldados. - olhei para os caixões - Ainda não sei como esses corpos foram trazidos pra cá, já que eles iriam mandar uma bomba nuclear para aquela área.
- O presidente decidiu de última hora que não iria fazer nada ali. O general Saikes atendeu o meu pedido e foi buscar os corpos.

- Agradeço senhor. - dei um sorriso e estendi a mão.

Meu pai me olhou e segurou minha mão, me puxando para um abraço.

- Fico feliz que tenha saído viva Dana. - ele sorriu

- Dana! - uma voz familiar gritou o meu nome.

Olhei para trás e lá vi ele, correndo em minha direção. Ele me tomou nos braços e me apertou forte.

- Miguel?

- Quem mais seria? - me soltou e deu um sorriso - Acredita que pensei que nunca mais iria te ver.

- Quem te contou que eu iria chegar hoje?

- Eu tive que tirar algumas informações do seu pai.

Olhei para trás, mas o almirante já havia saído.

- Até parece que não está feliz em me ver. - acariciou meu rosto.

- Não é isso. Ainda estou surpresa com tudo.

Seu olhar se desviou de mim e passou para algo por cima do meu ombro. Segui na mesma direção, que me levou até o Alex. Ele nos encarava atento.

- O que ele está fazendo aqui?

Battleship - A Batalha Dos MaresOnde histórias criam vida. Descubra agora