O Horizonte Azul

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Pov: Nina

O sol da manhã já começava a lançar seus primeiros raios dourados sobre a água. O reflexo das ondas balançava suavemente, criando uma dança de brilhos que encantava os olhos. Ali, ao lado do cais, estava ele. O novo iate, um presente inesperado de Quinn, reluzindo na luz suave do início do dia.

- Você gostou? - A voz de Quinn, que sempre me causava um arrepio de prazer, chegou como uma brisa morna, doce e tranquila.

Virei-me para encará-la. Quinn estava de pé, com aquele sorriso enigmático nos lábios. Seu cabelo escuro, um pouco desarrumado pelo vento, caía solto sobre os ombros. Ela parecia relaxada, mas havia um leve traço de antecipação em seu olhar. Era como se esperasse ansiosamente pela minha resposta.

- Se eu gostei? - Eu ri, deslizando os dedos pela lateral do iate, sentindo a suavidade do casco. - Eu amei. Quinn, você é incrível. Isso é... é muito incrivel, muito foda!

Ela deu de ombros, fingindo indiferença, mas o brilho de satisfação em seus olhos era inegável.

- Achei que merecíamos uma aventura. Só nós duas. Longe de tudo.

- Ideia perfeita. - sussurrei, me aproximando e segurando sua mão. - Acho que estamos mesmo precisando disso.

Ela apertou minha mão de volta, e por um momento, ficamos ali, apenas olhando uma para a outra. Era um daqueles momentos em que o mundo parecia desacelerar, como se tudo ao redor parasse de importar. Apenas nós duas, o iate e o mar aberto à nossa frente.

- Vamos a bordo, então? - Quinn sugeriu, seu tom leve, mas com aquele calor por trás que sempre prometia algo mais.

Subimos, e ao atravessar o convés impecável, pude sentir o luxo e o conforto que Quinn escolhera para nós. As madeiras polidas, os estofados brancos imaculados, e a vista para o mar de praticamente todos os cantos. Tudo parecia cuidadosamente pensado para nos envolver em uma atmosfera de paz e prazer.

Quinn me levou até a proa do iate, onde uma grande cama de sol estava estendida. O vento suave tocava minha pele, e o calor do sol começava a se intensificar à medida que a manhã avançava. Ela se aproximou de mim, envolveu minha cintura com um braço e me puxou para mais perto.

- Estou tão feliz que você gostou. - ela sussurrou, seus lábios roçando meu pescoço, fazendo meu coração acelerar.

- Como eu não gostaria? - murmurei de volta, virando-me para encará-la. - Você sempre sabe exatamente o que eu preciso.

Seus olhos me estudaram por um momento, antes de ela inclinar a cabeça e selar meus lábios com um beijo suave, porém carregado de promessas. Era aquele tipo de beijo que começa devagar, explorando, mas que logo se intensifica, como uma onda que cresce em força. Senti minhas pernas ficarem fracas, e me deixei levar pela sensação do toque de Quinn, suas mãos deslizando pela minha pele.

Quando nos separamos, nossas testas se tocaram, e eu pude sentir o calor do nosso momento ainda vibrando no ar ao nosso redor. Ela me puxou pela mão, guiando-me até a cama de sol.

- Deite-se. - ela pediu, sua voz rouca, e sem questionar, me acomodei ali, enquanto ela se inclinava sobre mim.

Quinn sabia como me fazer sentir especial, como se eu fosse o centro do universo dela. Seu toque, sempre firme e carinhoso, explorava meu corpo com uma familiaridade que me fazia derreter. O calor do sol misturado ao toque suave dos seus dedos sobre minha pele era uma combinação embriagante.

Ela se deitou ao meu lado, os dedos traçando linhas invisíveis pelo meu braço, pelo meu abdômen. Eu fechei os olhos, respirando fundo, deixando o som das ondas e o vento suave embalar aquele momento. Não havia pressa, apenas o ritmo lento e constante de nossos corpos se movendo juntos, sincronizados como se sempre soubessem exatamente o que o outro queria.

- Você está tão linda. - Quinn murmurou, sua voz baixa, quase reverente.

Eu abri os olhos e a encarei. O olhar que ela me deu, profundo e cheio de desejo, me fez corar. Havia uma intensidade em seus olhos que nunca falhava em me tirar o fôlego.

- Vem cá. - sussurrei, puxando-a para mais perto.

Seus lábios voltaram a encontrar os meus, e desta vez o beijo era mais profundo, mais urgente. A brisa do mar parecia um contraponto perfeito para o calor crescente entre nós. Quinn se moveu suavemente, sua perna se entrelaçando com a minha, seu corpo pressionando o meu com a firmeza exata.

Cada toque, cada beijo, era como uma onda de eletricidade, nos conectando de uma maneira quase primordial. O mundo ao nosso redor desaparecia; era apenas o som da respiração entrecortada, o toque dos lábios, e o desejo que crescia entre nós, forte como uma corrente marítima.

Quando finalmente paramos, ambos os corações acelerados e as respirações pesadas, Quinn se deitou ao meu lado, sua cabeça repousando no meu peito. Ficamos assim, em silêncio, sentindo o movimento suave do iate sob nossos corpos, embalados pelo balanço do mar.

- Eu te amo. - ela murmurou, sua voz cheia de emoção.

- Eu também te amo. - respondi, correndo meus dedos por seu cabelo macio.

Era nesses momentos, em meio à simplicidade do toque e da presença, que eu sentia o quanto nossa conexão era forte. E, de repente, percebi o quanto aquele presente, o iate, não era apenas um símbolo de luxo ou de aventura. Era uma promessa de mais momentos como aquele: de liberdade, de paixão, de nós duas juntas, explorando o mundo e, acima de tudo, explorando uma à outra.

[...]

Quinn levantou-se após algum tempo, esticando o corpo e sorrindo de forma travessa para mim.

- Vamos navegar um pouco, o que acha?

Eu assenti, me levantando e ajeitando o cabelo que o vento já tinha bagunçado. Ela foi para o painel de controle. O motor do iate roncou suavemente e logo estávamos deslizando pelas águas, afastando-nos da costa e mergulhando no azul profundo do oceano.

O mar aberto à nossa frente parecia uma promessa de infinitas possibilidades. Quinn estava concentrada, mas a forma como ela me lançava olhares de lado que me fazia sorrir. Eu sabia que, para ela, aquele dia significava muito mais do que simplesmente um passeio de barco. Era uma celebração do que éramos juntas, de quem estávamos nos tornando.

Depois de algum tempo, ela desligou o motor e o silêncio do oceano tomou conta.

- Aqui parece perfeito. - disse, seu olhar fixo no horizonte.

- Para quê? - perguntei, curiosa.

Ela sorriu maliciosamente antes de se aproximar de mim novamente.

O calor em seus olhos fez meu corpo responder de imediato. Eu sabia que aquele dia ainda guardava muitas surpresas. E, naquele momento, não havia lugar no mundo onde eu preferisse estar.

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Desculpa a demora rapaziada, essa semana foi bem corrida. Espero que gostem ❤️‍🩹

Moments - KitninaOnde histórias criam vida. Descubra agora