Night

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Pov: Kit

Era uma noite tranquila e agradável. A lua estava alta, iluminando a casa em que eu e Nina vivíamos. O ar fresco entrava pela janela, balançando levemente as cortinas, e, no quintal, as luzes coloridas que havíamos pendurado brilhavam como pequenas estrelas.

– Tá tudo pronto? – perguntei, enquanto terminava de organizar as almofadas no chão da sala.

Nina sorriu do outro lado do cômodo, ajeitando a mesa com tigelas de pipoca, garrafas de refrigerante, caixas de pizza e doces. Ela estava linda com aquele pijama de bichinho, uma raposa, em homenagem ao meu nome.

– Acho que sim. – Ela ajeitou os longos cabelos azulados, que caíam em ondas perfeitas até seus ombros. Ela sempre fazia tudo parecer fácil, como se estivesse constantemente dançando pela vida, graciosa e tranquila. – O pessoal já deve estar chegando.

Ela me olhou com aquele sorriso suave, e eu me aproximei, puxando-a para perto. Nossas testas se tocaram, e eu senti o calor do corpo dela contra o meu. Aqueles momentos com ela, mesmo nos pequenos gestos, sempre pareciam infinitos.

– Eu amo você, sabia? – murmurei.

– Eu sei – ela respondeu, os olhos brilhando de diversão. – Agora vamos receber a galera antes que eles entrem arrombando a porta.

Assim que nos afastamos, a campainha tocou, e com um último beijo rápido, fomos abrir a porta.

Os primeiros a chegar foram Eloá e Léo, carregando sacolas de doces.

– Trouxemos reforços! – Léo disse, já entrando e jogando as sacolas no sofá.

Logo atrás vinham Hinata e Mimi, ambas rindo de uma piada interna. Logo em seguida, Lucas, Theo e Matheus apareceram, junto com Luciano, sempre com aquele ar de quem tinha algo engraçado para dizer.

– Onde está a pizza? – Lucas perguntou, antes mesmo de cumprimentar alguém.

– Na mesa, como sempre – respondi rindo.

Aos poucos, todos chegaram. Natasha e Cassie vinham com seus pijamas elegantes, enquanto Velha Lurdes apareceu vestida com mais uma de suas roupas extravagantes, o que arrancou muitas risadas. Zahy, foi a última a aparecer junto com Han e Vilu, todos traziam algumas besteiras para comermos.

– É uma festa do pijama ou um banquete? – Theo brincou, pegando um dos doces.

– Isso é só o começo – Nina respondeu, piscando para ele.

A noite começou com todos espalhados pela sala, rindo, conversando, e, claro, devorando a comida. Jogamos alguns jogos de tabuleiro, como "Detetive", onde Mimi e Luciano formaram a dupla mais competitiva, e também fizemos algumas rodadas de "Twister", o que quase causou um desastre quando Léo e Theo tentaram se equilibrar ao mesmo tempo em posições absurdas.

Mas o ponto alto da noite foi quando decidimos jogar verdade ou desafios. O círculo estava formado no meio da sala, as luzes já mais baixas, e as risadas diminuíam enquanto as perguntas ficavam mais ousadas.

– Kitsune, você começa! – disse Eloá, me olhando com expectativa.

– Certo, desafio – respondi, encarando-a.

Ela pensou por um momento e, com um brilho nos olhos, disse:

– Beija a Nina. Mas tem que ser um beijo cinematográfico.

Todos começaram a gritar e bater palmas, e eu olhei para Nina, que estava corada, mas sorrindo de lado. Levantei-me, caminhei até ela e, devagar, a puxei para perto. Ela riu baixinho, e então, nossos lábios se encontraram. O beijo era suave, mas intenso, e senti o mundo ao nosso redor desaparecer, mesmo com os gritos e aplausos.

Quando nos afastamos, Nina me olhou de um jeito que fazia meu coração acelerar ainda mais.

– Isso foi melhor do que em filmes – ela murmurou, sorrindo.

– Eu tento – respondi, sorrindo de volta, antes de voltarmos ao jogo.

A noite seguiu com desafios e perguntas engraçadas. Lucas acabou tendo que dançar funk no meio da sala, Natasha e Zahy fizeram uma disputa de piadas, e Han revelou uma história embaraçosa de quando ele e Matheus se perderam em uma viagem. A cada rodada, as risadas ficavam mais altas, as brincadeiras mais intensas, e o laço entre nós parecia se fortalecer ainda mais.

Quando a madrugada avançava, decidimos fazer uma pausa para mais pizza e uma maratona de filmes. Cada um escolheu seu canto confortável, e as luzes da televisão iluminaram a sala. Deitamos em um grande emaranhado de cobertores e almofadas, comendo pipoca e comentando sobre os personagens na tela.

Em algum momento, senti Nina se aconchegar ao meu lado. Ela deitou a cabeça no meu ombro, e eu passei o braço ao redor dela, sentindo seu calor. Era nesses momentos de simplicidade que eu percebia o quanto eu amava ter essa vida com ela. Os amigos, as risadas, e, principalmente, o jeito como ela fazia o mundo parecer completo só com a presença dela.

– Está tudo perfeito, né? – ela sussurrou, olhando para a tela.

– Está – concordei, beijando o topo de sua cabeça.

A noite continuou com filmes e cochilos leves aqui e ali, até que, pouco antes do amanhecer, começamos a ouvir os primeiros sinais de cansaço de todos.

– Acho que chegou a hora de encerrar – Vilu disse, bocejando.

– Podemos repetir isso em breve – Zahy sugeriu, enquanto arrumava o cabelo desajeitado.

– Com certeza – Nina respondeu, enquanto nossa família se acomodava no sofá para dormir.

Quando a última pessoa dormiu, entramos em nosso quarto e fechamos a porta, olhei ao redor, pensando no caos alegre que havíamos criado, e me virei para ela, rindo.

– Acho que foi uma boa festa – disse, puxando-a para perto mais uma vez.

– Foi perfeita – ela respondeu, e então, com um sorriso, me beijou de novo.

Moments - KitninaOnde histórias criam vida. Descubra agora