Fora do lugar

367 57 81
                                    

Oii gente!!

Voltei com mais um capítulo. Eu sei que demorei um pouquinho mas fiz um procedimento no dentista e tô de molho, entupida de analgésicos e me recuperando. Mas a fic continua a todo vapor.

Pra ser sincera eu tava meio que tentando evitar esse capítulo, mas ele teve que ser escrito de uma vez por todas.

Perdoem qualquer erro pois quase não consegui dormir hoje.

Espero que gostem e não esqueçam de comentar bastante, porque amo os comentários de vocês.

Beijinhosss…

💖






•••••



Carol

Depois de uma viagem exaustiva de mais de dezesseis horas, nos despedimos de qualquer jeito no aeroporto e nos separamos em diferentes táxis. Antes que eu pudesse perceber, Natália já havia ido embora sem ao menos falar comigo.

Tentei me enganar dizendo que era por conta do cansaço e logo nos veríamos novamente, mas eu sabia que não. Eu sabia que ela estava me evitando, se afastando. E eu também sabia que a culpa era minha.

Cheguei no meu apartamento, sendo recebida por várias caixas empilhadas, espalhadas pelo local. Nada parecia amistoso ou receptivo, nada parecia acolhedor ou se assemelhava a um lar.

A ideia era eu me casar no dia seguinte, ir para a lua de mel e nesse meio, período a agência que contratei levaria minhas coisas para a casa que comprei com meu noivo. Talvez meu lar estivesse em algum lugar entre onde eu estava e onde eu estaria quando tudo aquilo acabasse. Mas agora não parecia mais certo.

Coloquei roupas mais confortáveis e acabei apagando na minha cama. Quando acordei, assustada, a campainha do meu apartamento tocava incessantemente e assim que abri os olhos percebi que o dia havia se feito noite. Eu havia dormido por horas.

Corri para atender a porta, a fim de que o barulho cessasse.

— Oi, amor.

Ele entrou agarrando minha cintura e me beijando. Meu corpo tencionou e minha vontade era de repeli-lo. Algo parecia fora do lugar.

Suas mãos não eram delicadas ao me segurar, sua barba áspera não se assemelhava a pele macia que eu gostava de ter contato ao beijar e o perfume dele parecia forte demais.

— O que foi? — ele pareceu notar meu desconforto e se afastou — Ainda tá cansada da viagem, né?

— É — um fio de voz saiu de mim, confirmando.

— Pois tem que dormir bastante mesmo, precisa estar ótima para amanhã — entrou no apartamento como se fosse dele. O que era uma atitude totalmente aceitável já que estávamos juntos há cinco anos. Só que daquela vez, por algum motivo, eu não gostei.

Não gostei de como ele abriu a porta do meu armário de cozinha para pegar duas taças de vinho. Não gostei como ele colocou a garrafa que havia trazido no balcão e encheu os recipientes sem nem ao menos me perguntar se eu queria beber. Mas bebi mesmo assim.

Também não gostei de como ele se aproximou de mim e me pegou pela cintura de novo. De como me beijou com vontade e tentou se aprofundar mas eu não consegui seguir seu ritmo.

— O que foi dessa vez, Carolina? — ele se afastou ao perceber que não retribuí seu beijo na mesma intensidade, em como eu estava travada e encolhida dentro de mim mesma. Meu corpo o repelindo.

Não respondi. Estava com medo de responder.

Como eu diria ao meu noivo, depois de cinco anos que eu…

A Aposta - NarolOnde histórias criam vida. Descubra agora