Meu amor, para sempre

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Oii gente!!

Voltei com mais um capítulo.  Não vou falar muito sobre ele para manter o suspense.

Apenas direi que é a continuação do flashback anterior.

Espero que gostem e não deixem de comentar bastante. Quero muito saber o que acharam.

Beijinhosss...

💖



•••••




Carol

— Casar com você? — Ela me olhava sem acreditar, seus olhos analisavam meu rosto como se procurasse qualquer sinal de que eu estava brincando — Tá falando sério?

— Diz que sim — desci minhas mãos para a sua cintura, deixando um selinho carinhoso em seus lábios a cada vez que eu repetia meu pedido — Diz que sim, meu amor.

— Carol… — ela tentava ficar séria, manter a compostura, mas logo senti seu sorriso contra meus lábios — Quando?

— Agorinha. Na primeira capela que a gente encontrar — parei de beijá-la para dar de cara com um par de olhos surpresos. Foi quase impossível não colar meus lábios no biquinho fofo que ela fez, confusa.

— Agora?

— Agora — confirmei com a cabeça.

— Eu quero, mas… Você tem certeza?

— Absoluta. Que melhor maneira de não esquecer essa noite? — puxei Natália ainda mais para perto. Eu estava certa da minha decisão — Eu jamais vou esquecer o dia que a gente se casar. É impossível.

Suas bochechas ficaram vermelhas e ela segurou meu rosto, me puxando para um beijo apaixonado. Eu deixei que sua língua quente entrasse e explorasse minha boca, deixei que nossos corpos colassem um no outro enquanto eu sentia seu calor. Ela nos separou, deixando alguns beijinhos nos meus lábios, segurando meu rosto com carinho.

— Então isso é um sim? — perguntei.

— É claro que é um sim. É mil vezes sim — acariciou minha bochecha e eu fotografei na minha mente o quão radiante ela estava em aceitar meu pedido. Natália era realmente linda.

Depois que conseguimos nos desgrudar e acalmar toda nossa animação com o noivado relâmpago, o que demorou um tempinho, eu voltei a andar com ela pelas ruas iluminadas de Vegas. Procurávamos pela primeira construção que indicasse ser uma capela. Enquanto isso, minha noiva ia em meu encalço, com nossas mãos nos unindo como sempre.

Foi então que, depois de andar alguns quarteirões, vi um letreiro neon que piscava em cima de uma construção. Imediatamente, decidi que seria ali que transformaria minha melhor amiga em minha esposa. 

O edifício era pequeno e charmoso, e até lembrava uma igrejinha. No entanto, ao entrarmos lá, logo reparei que não estava ligado a nenhum tipo de movimento religioso, já que algumas pessoas de diferentes tipos se reuniam em uma espécie de fila.

Natália tirou seu cartão de crédito da carteira que tinha guardado no decote e passou na máquina da recepção, fazendo o pagamento. Nós anotamos nossos nomes e informações num formulário, que mal conseguimos ler por conta do alto nível de álcool em nossos corpos, e fomos para o fim da fila esperar nossa vez.

— Isso parece uma máquina de casamentos — ela riu ao meu lado, olhando para um casal fantasiado a alguns metros de distância. Achando graça de tudo.

As pessoas simplesmente iam para lá e se casavam como se estivessem indo jogar no cassino. Se seria duradouro ou se elas iriam se arrepender no dia seguinte, não interessava. A verdade é que o lugar parecia mágico. O tipo de lugar que te faz acreditar que o amor existe e pode ser mais simples do que parece.

Esperamos por alguns minutos, observando os matrimônios se realizarem bem na nossa frente. Uma salva de palmas era ouvida todas as vezes que um casal de pombinhos recém unidos se beijava, selando a pequena cerimônia. Natália aplaudia feliz, com um sorriso radiante. Sempre que isso acontecia, ao invés de olhar para o casal no altar, meus olhos sempre paravam nela.

Ela, que sempre parecia avessa ao amor e ao romantismo, na verdade era avessa à ideia de não estar com quem realmente queria ao seu lado. Meu coração errou uma batida ao lembrar que esse alguém era eu.

Quando chegou nossa vez, Natália soltou minha mão e cada uma de nós ficamos de um lado do juiz de paz, um homem simpático de meia idade e semblante amistoso. Um outro homem disse algo no pé do seu ouvido, provavelmente nossos nomes, e ele começou dizendo o que disse para todos os outros casais.

Meu coração acelerava cada vez mais e minhas mãos suavam; mesmo que eu tivesse bebido coragem líquida, ou seja, bebida alcoólica, a noite inteira. Era simplesmente arrebatadora a ideia de estar me casando com ela, que mesmo com o cabelo bagunçado e o véu da fantasia perdido em algum lugar do caminho, ainda era a pessoa mais linda do mundo.

Eu quase soltei um risinho no altar ao me dar conta de que eu sempre achei isso, mas nunca tinha percebido meus sentimentos. Para mim, Natália sempre havia sido a melhor, mais bela e mais divertida pessoa da face da Terra; e mesmo assim a minha ficha nunca tinha caído. Eu sempre havia erroneamente chamado esse sentimento de admiração. Quando na verdade ele ia muito mais além disso.

Depois de alguns dizeres do homem entre nós, o mesmo ajudante de antes trouxe os anéis e nos entregou. Eram simples anéis de cobre, que todos os outros recém casados haviam recebido. Uma opção rápida e acessível que estava inclusa em todo aquele “pacote” divertido.

— Eu não acredito que isso tá acontecendo — ela me olhava, parecendo nervosa pela primeira vez desde que havíamos entrado ali, respirando fundo — Nem nos meus sonhos mais loucos eu imaginei que um dia você se casaria comigo. Eu nem preparei meus votos, mas… Não importa o que aconteça, nem se o mundo acabar ou qualquer coisa do tipo, eu jamais vou sair do seu lado. Eu te amo mais que tudo, Carol.

Ela deu um passo à frente e pegou minha mão com delicadeza, passando a aliança grossa pelo meu dedo. Minhas mãos tremiam e ao invés de me soltar, ela continuou as segurando e permitindo que eu sentisse seu calor enquanto eu dizia meus próprios votos. O peso da realidade batendo em mim com mais força, me emocionando.

— Eu também te amo mais que tudo. E é tão estranho porque eu não sabia que dava pra amar alguém tanto assim, a ponto de parecer que eu vou transbordar. Natália, você sempre foi meu amor e continua sendo. E a verdade é que você vai continuar a ser meu amor, para sempre.

E assim que eu coloquei o anel no dedo dela e nós assinamos o grande livro repleto de nomes, o homem declarou, me fazendo explodir de alegria.

— Pela minha autoridade e pelo testemunho de todos aqui presentes, eu declaro que estão casadas. Podem se beijar.

Com uma chuva de aplausos e assovios, puxei minha esposa para perto de mim e a beijei com delicadeza. Eu mal via a hora de sair dali e viver com ela para sempre. Como deve ser.

Seus lábios se separaram dos meus e eu percebi que não poderia continuar a beijá-la como eu queria ali. Senti saudades do seu gosto de imediato e quando a olhei novamente, a adrenalina de poder viver uma vida inteira com Natália me tomou. Eu nunca havia sido tão feliz.

Alguns minutos depois, nós estávamos no saguão de entrada, saindo da capela. Ainda era possível ouvir o juiz da paz dando procedência aos outros casamentos. Natália parou por um segundo e me olhou, ajeitando meu cabelo. Logo percebi que ela passou a secar as lágrimas do meu rosto. Eu nem tinha reparado nelas.

— Isso foi tão cafona! — ela riu, brincando.

— Aham… — não pude deixar de me juntar a ela, rindo também — Foi a coisa mais cafona que a gente já fez.

Não consegui resistir e logo a abracei, puxando-a para perto de mim e inalando seu cheiro bom, envolvendo sua cintura, fechando os olhos com a sensação. Eu a amava tanto. 

— O que a gente faz agora? — Ela me perguntou, quando um outro casal recém casado saiu pela porta, indicando mais um matrimônio realizado.

— Agora… — ergui minha sobrancelha, encostando a boca no pé do seu ouvido, deixando que o diabinho que pairava na minha cabeça respondesse por mim — Agora a gente faz amor.






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