De volta ao início

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Oii gente!!

Voltei com mais um capítulo. Nesse retornamos para a noite que antecede o capítulo 1, e é bem provável que esse flashback tenha uma continuação para que fique claro tudo o que aconteceu e preencha todas as lacunas.

Espero muuuuuito que gostem dele e não se esqueçam de comentar bastante, amo os comentários de vocês.

Beijinhosss…

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Flashback

Carol

Depois que Helena conseguiu a façanha de bater um carro estacionado, ela e Adriana seguiram na frente, trocando farpas. Eu e Natália não sabíamos exatamente o que fazer ou para onde íamos e apenas seguimos o rastro delas sem nos importarmos muito. Elas sempre foram assim, fogo e gasolina. Tentar se meter ou consertar aquela dinâmica estava totalmente fora de cogitação.

Pouco depois me lembro de estar em um posto de gasolina, Natália e a ruiva viravam cada uma uma lata de cerveja em uma espécie de competição. Adriana e eu já tínhamos desistido, mas as duas amigas de infância estavam dando a vida naquele desafio besta.

— Natália, assim você vai passar mal do estômago — reclamei, preocupada, quando as duas tiraram a quarta latinha, cada uma, do engradado que Helena havia comprado no posto. Cerveja barata e quente.

— Que nada, eu sou invencível — abriu a lata, fazendo barulho.

— Não é não — tirei a lata da mão dela num supetão e a mesma fez bico.

— Ei, você não manda em mim, Carolina — tentou pegar de volta, mas eu desviei, o reflexo dela não estava lá dos melhores.

— Helena…

Antes que eu pudesse perceber, Adriana estava correndo atrás da ruiva que se destrambelhou a ir até o banheiro que ficava atrás do estabelecimento. Ela levava uma mão a boca e outra ao estômago, tentando evitar botar toda a bebida pra fora.

— Ei, se vomitar eu ganhei! — Natália gritou enquanto as duas desapareciam atrás do posto.

Aproveitei que ela tinha se distraído e virei a latinha no chão, jogando a bebida fora.

— Ah, isso é desperdício de comida — reclamou ao ver o que eu tinha feito.

— Primeiro que essa cerveja de beira de esquina não é comida. Segundo que eu tô cuidando de você.

Ela pareceu não ter o que retrucar e apenas cruzou os braços, olhando para os lados enquanto esperávamos as outras duas mulheres voltarem. 

Depois do que parecia mais de vinte minutos, Natália começou a ficar impaciente e mudava o apoio do corpo entre um pé e outro, bufando.

— Por que será que estão demorando tanto? Será que a Helena morreu? — perguntou sincera, me fazendo rir.

— Só indo ver pra saber.

Peguei ela pela mão e demos a volta no estabelecimento. Assim que nosso campo de visão nos permitiu ver a entrada dos banheiros, nós paramos imediatamente ao nos deparar com a cena das duas atracadas.

— Pelo amor de Deus…

Natália reclamou, soltando minha mão. Adriana prensava Helena contra a parede e elas se beijavam ardentemente, de modo quase erótico. Agradeci aos céus por sermos as únicas pessoas ali além delas, caso contrário, seriam presas por atentado ao pudor.

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