As luzes da cidade

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Oii gente!!

Voltei com mais um capítulo.

Sim, eu sei que demorei mais que o normal, mas é que não tive muito tempo e esse daqui eu queria que ficasse exatamente como imaginei. E acho que consegui.

Espero que gostem, pois escrevi com muito carinho. Não deixem de comentar bastante.

Beijinhosss…

💖


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Carol

Esperei a tarde toda no quarto, mas Helena não voltava com Natália de jeito nenhum. Quando o sol começou a se pôr, dando lugar à noite e deixando o céu violeta, decidi me arrumar para o jantar mesmo sem a presença da fotógrafa.

Tomei meu banho, coloquei um vestido bege e me sentei na cama, espalhando as maquiagens que iria usar. Quando estava na metade, ouvi Natália destrancar a porta e entrar. Ela segurava uma bolsa de compras e parecia cansada.

— Eu juro que nunca mais faço compras com a Helena — se jogou na cama ao meu lado.

— Nossa, vocês demoraram tanto que eu achei que tinham se perdido — comentei enquanto segurava o espelho com uma mão e passava a máscara de cílios com a outra.

— Deus me livre de me perder com Helena e um cartão de crédito — bufou, cobrindo os olhos com o antebraço.

— Acho melhor você se arrumar logo. Temos menos de uma hora até sairmos pra jantar.

— Ah, não! — resmungou sem se mexer.

— Vai, Natália… a gente vai se atrasar — deixei minhas maquiagens de lado e tentei empurrá-la para fora da cama.

— Não me empurra! Eu tô cansada… — ela segurou meus pulsos e eu perdi o equilíbrio, quase caindo em cima dela.

— Prometo te fazer uma massagem quando voltarmos, mas só se você se arrumar logo.

— Ah, mas eu vou cobrar, ein — ergueu as sobrancelhas e deixou um beijo no canto da minha boca.

Quando deu a hora, eu comecei a discutir com a porta do banheiro fechada, enquanto Natália ainda estava trancada lá.

— Vamos logo, tô com fome — resmunguei, já pronta.

— Para de me apressar — escutei sua voz abafada e logo em seguida a maçaneta girou.

Natália surgiu com um vestido de cetim azul-bebê e uma maquiagem que realçava seus olhos. De repente, minha boca ficou seca.

— Só falta o sapato. O que acha melhor, aberto ou fechado?

— Ahh, não sei — eu nem tinha prestado atenção na pergunta direito, apenas em como o cetim acentuava as suas curvas tão bem.

Ela se sentou na poltrona no canto do quarto e calçou o salto de tiras. Eu não conseguia não olhar para ela. Quando estávamos no carro indo em direção ao restaurante, também não. Foi então que repousei minha mão em sua coxa, através do tecido do vestido, deixando lá e fazendo ela ficar tensa.

Quando ela se sentou de frente para mim, do outro lado da mesa, provavelmente a fim de fugir de meus toques, eu ainda assim não conseguia parar de olhar. Mesmo enquanto tentava entrar na conversa e parecer que estava interessada, vez ou outra meu olhar se voltava para ela sempre que eu tinha a chance.

E ela sabia.

Ela sabia que eu não conseguia parar de olhar e fingia não dar bola, comentando algo sobre Pedrinho quando Taís falava dele ou rindo de algum absurdo que Helena soltava. Mesmo assim, ela me olhava de relance como quem quisesse deixar claro que estava ciente que tomava toda minha atenção.

A Aposta - NarolOnde histórias criam vida. Descubra agora