A Aposta - Narol

Melhor assim

Oii gente!!

Voltei com mais um capítulo.

Eu só queria deixar registrado que eu me diverti horrores com vocês xingando o Ulisses no último. Ele merece kkkkkkkk

Enfim, espero que gostem desse aqui e não esqueçam de comentar bastante.

Beijinhosss…

💖

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Carol

Eu estava a um passo de finalmente conseguir dormir, bem naquele limiar quando se está quase perdendo a consciência. Então, imaginei ter escutado a campainha tocar de novo.

Me sentei para ver se estava sonhando e o barulho se fez presente novamente. Eram duas da manhã e se Ulisses tivesse voltado, depois de tudo o que me disse, eu preferia nem ao menos levantar.

Mas e se Natália viu minhas chamadas perdidas e decidiu me ver pessoalmente?

Levantei correndo e nem sequer olhei pelo olho mágico. Apenas abri a porta torcendo para que fosse ela.

— Ester?

Minha mãe estava lá parada na minha frente com a mão na alça de sua mala de viagem. Eu pude ver claramente o momento que seu sorriso alegre se dissipou ao olhar para mim, dando vez a um semblante de preocupação.

— Tá tudo bem, filha? — franziu a testa e eu apenas dei espaço para ela entrar.

— Ah, tá sim — respondi a fim de evitar dar explicações, mas pareceu não funcionar.

— E essa carinha de choro? — me abraçou. A princípio tentei relutar, eu não a via há tanto tempo. Mas a verdade é que eu estava precisando de um abraço. Precisando de colo.

— O que tá fazendo aqui? — perguntei, mudando de assunto.

— Ué, vim ver minha única filha se casar. Achou que eu ia perder?

— Achei — respondi, sincera, sem perceber que talvez eu pudesse a magoar falando aquilo.

— Bom, pois achou errado.

— Não vai ter mais casamento — adiantei logo.

— Por isso você tava chorando?

— Mais ou menos.

Mais para menos.

Bem menos.

A verdade é que eu chorava pelo que eu havia escutado de Ulisses. Pela ideia de que ele talvez estivesse certo com suas palavras duras. Pelo fato de ter perdido Natália por pura idiotice minha…

Não pelo casamento em si.

— Filha, ele te traiu? — sentou-se no sofá, um pouco aflita.

— Não. Quer dizer, não que eu saiba.

—  Você que traiu ele? — perguntou por perguntar, mas ao perceber meu silêncio seu semblante se transformou e ela levou as mãos a boca — Carol do céu… Com quem foi? Eu conheço?

— Conhece — bufei, não acreditando que depois de anos sem ver minha mãe, esse seria o assunto da nossa primeira conversa.

— Me conta, me conta — ela pareceu bem mais animada do que a mãe de uma adúltera deveria ficar ao saber de tal notícia.

— Ulisses nem sabe que eu fiz isso, eu-

— Não interessa, quero saber da fofoca — fez um gesto com a mão para que eu continuasse.