Tá tudo bem

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Oii gente!!

Voltei com mais um capítulo. Já estamos no trigésimo (eita), e eu espero muito que gostem desse.

Não deixem de comentar bastante pra eu saber o que acham.

Beijinhosss…

💖





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Natália


— Você tinha que ver como ela ficou do lado dele, Helena — eu praticamente brincava com a comida no prato, cutucando-a com o garfo, totalmente isenta de apetite. Helena, que almoçava comigo, me olhou com uma de suas sobrancelhas arqueadas. Ela não estava comprando meu discurso.

— Tem certeza que ela realmente ficou do lado dele ou você só tá dramatizando mais as coisas porque tá com ciúmes? 

— Pfff, eu tô com ciúmes? Daquele patife? — revirei os olhos — Me poupe, né. Ele nem trata ela bem, nem trata ela como ela merece. Por que eu sentiria ciúmes?

— Porque isso não impediu ela de ficar com ele nos últimos cinco anos — deu uma garfada na salada, como quem não tivesse acabado de colocar o dedo em uma das minhas feridas mais profundas.

— Tá, bom. E se eu tiver, ein? Qual o problema disso? — admiti.

— Não tem motivo, Natália. Ela literalmente deu um pé na bunda dele, com o casamento todo pago, só pra ficar com você — Helena me olhou como se eu fosse o ser mais energúmeno da face da Terra naquele momento.

— Mas eu só tentei proteger ela. Se eu falasse com ele, ela não precisaria. Ela já teve que ouvir tanta coisa daquele asno, eu só queria… — desisti, levando a cabeça até minhas mãos, meus cotovelos apoiados na mesa, e suspirei — Mas aí ela foi lá e brigou comigo.

— Se ela queria resolver as coisas com ele do jeito e no tempo dela, você devia entender. Afinal, não é você que tem que olhar pras fuças dele todos os dias — ponderou, levando uma batata a boca. Quando Helena havia ficado tão sabia?

— Te odeio quando você tem razão.

— Então você me odeia sempre — riu, me arrancando um sorrisinho também.

— E como vai com a Adriana? — perguntei, como quem não queria nada.

— Tudo na mesma. Eu não espero que ela largue o Jonas pra ficar comigo que nem a Carol fez pra ficar com você. Seria muita sorte no mesmo lugar.

— Talvez você se surpreenda — dei de ombros.

— A Adriana não é que nem a Carol, ela não gosta de mim do jeito que a Carol gosta de você, Natália — continuou comendo, como se não se importasse. Helena era ótima nisso — Você não tem noção do quanto ela tá na sua, né? 

— Eu… eu sei que ela me ama.

— Não é só isso. Falar que ama qualquer um fala, mas o jeito que ela age perto de você… cês são duas boiolas.

Helena concluiu, me arrancando uma gargalhada sincera. Era bom poder rir depois de me sentir tão mal nas últimas horas. Eu sabia que sempre poderia contar com minha amiga de infância para me arrancar umas risadas nesses momentos complicados.

— Você é uma palhaça.

— É disso que elas gostam — a ruiva piscou para mim, levando mais uma garfada à boca.

O resto do dia passou de maneira mais leve do que minha manhã. Eu chequei o celular diversas vezes, esperando uma mensagem de Carol. Era tudo o que eu precisava, uma única mensagem dela que me desse certeza de que não estava mais brava comigo, para que eu pudesse dizer que tudo estava bem. Que eu a entendia e que podíamos fingir que nunca havíamos discutido.

A Aposta - NarolOnde histórias criam vida. Descubra agora