A Aposta - Narol

Memórias perdidas

Oi, gente!!

Trouxe mais um capítulo. Espero que gostem dele e não deixem de comentar o que estão achando.

Um beijinho...

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Natália

Helena saiu da boate e logo me puxou para dentro de um carro, me deixando no banco traseiro e assumindo o do motorista. Assim que Carol se juntou a mim atrás e Adriana sentou no banco do passageiro logo a frente, um ponto de interrogação surgiu na minha mente.

— Ei, você vai dirigir bêbada assim? — falei.

— Você acha que a gente chegou aqui como? Voando? — Helena bufou e ligou o veículo enquanto Adriana me olhava estranho.

— Acho que a Natália já tá em outro planeta.

Comentou antes de ouvirmos um estrondo na frente…

Outro atrás…

E mais um na frente.

— Dá pra parar essa droga ou quer bater a quarta vez?! — Ela se virou para Helena e começou a tentar tirar suas mãos do volante enquanto elas entravam em uma briga desajeitada.

— Eu sei o que eu tô fazendo, sua idiota!

Um festival de mãos emboladas que não atingiam alvo nenhum se deu nos bancos da frente. Eu estava apenas parada, olhando, quando senti os dedos de Carol tocarem meu braço. Logo ela o envolveu com sua mão e apoiou a cabeça no meu ombro. Seus olhos enormes pestanejavam para mim enquanto ela ignorava a briga.

— Eu que sou idiota? Você conseguiu bater um carro estacionado — Adriana se defendia — TRÊS VEZES!

Nem mesmo os gritos da veterinária conseguiram cortar o fio que conectava o olhar de Carol ao meu. Eu decorava cada pontinho e pincelada em suas íris e então ela sorriu para mim.

Outro estrondo se fez presente quando Helena saiu do carro e bateu a porta.

— Ah, mas você não vai me deixar falando sozinha mesmo… — a morena seguiu a ruiva, causando outro estrondo.

— Eu acho que a gente tem que ir atrás delas — ainda sorrindo Carol deixou um beijinho no meu pescoço, me arrepiando, e me puxou pela mão para fora do veículo. Agradeci por Helena ter batido o carro parado e não quando estávamos a 120km por hora.

Ao pisar na calçada, meus dedos ainda entrelaçados com os de Carol, vi que a briga tinha se estendido mais a frente. Agora elas discutiam sobre Jonas.

— Por que você teve que meter ele no meio? A gente tava tão bem — Adriana falava alto. Os locais que passavam perto delas as olhavam assustados sem entender absolutamente nada do que diziam.

— Foi só uma brincadeira, você não precisava ter reagido daquele jeito — a ruiva se defendia.

— Ah, falar que você tá pegando a corna na qual o Jonas traiu com você é uma brincadeira super engraçada. Parabéns, Helena, você é uma comediante — bateu palmas.

— Eu só falei que era engraçado mas não te chamei de corna. Apesar de você ser uma.

— Jesus Cristo… — comentei baixo fazendo Carol rir do meu lado, nossas mãos ainda nos unindo.

— Se eu sou corna então você é uma piranha nojenta!

— Eu sou uma piranha tão nojenta que você tava pedindo pra eu te foder lá no banheiro da boate.