quarenta e um | mulher na sacada.

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Isabella Trajano.

Aqueles 15 minutos de espera pareceram uma eternidade, não só para mim, mas também para aquela multidão de torcedores ao meu redor

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Aqueles 15 minutos de espera pareceram uma eternidade, não só para mim, mas também para aquela multidão de torcedores ao meu redor.

Quando finalmente os jogadores estavam de volta ao campo, estreitei meus olhos para poder encontrar Richard. Infelizmente acabei pegando um lugar muito distante e não consigo ver muito bem as coisas. Mas estava aceitável, melhor do que nada.

Meu coração estava tão agitado que nem sabia como controlá-lo, o segundo tempo estava começando, e minhas mãos suavam em ansiedade. Meu sangue pulsava mais forte e não conseguia conter minha euforia.

Tirei uma foto do momento e enviei para minhas amigas, que eu tinha certeza que estavam assistindo em casa, tão eufóricas quanto eu. Haviam sido feitas algumas substituições nos respectivos times, Gustavo e  Juan entraram substituindo Jhon e Borja.

Se o primeiro tempo a disputa estava acirrada, agora é que estava mesmo. Os dois times eram muito bons, já esperávamos que o adversário faria pelo menos um gol.

Em 15 minutos de jogo, Messi fez um gol lindo de viver, com a ótima assistência de Martinez. Falando assim até parece que estou torcendo contra, mas eu não podia negar que eles eram bons, estaria mentindo. Não conheço muito o futebol na verdade, mas em pouco tempo de jogo notei a habilidade do adversário. Todos os torcedores tinham noção disso, não se falava em outra coisa no twitter.

Richard havia de fato feito metade da população brasileira assistir os jogos da Colômbia por sua causa.

A seleção e os torcedores lamentam o placar, que agora estava 1×0 para a Argentina. Os minutos se passavam e as coisas ficavam cada vez mais difíceis. Mais substituições foram feitas afim de mudar as coisas, mas nada aconteceu.

O placar continuou o mesmo, em 30 minutos de jogo. Quando uma chance de gol surgiu, Richard recebe uma assistência de Gustavo, que observando as condições e em que posição exatamente o camisa 6 estava, fez o toque para ele. Seria um gol lindo, se a bola não tivesse acertado a trave. Decepcionado com o erro, Richard cai de joelhos no chão propositalmente e soca o gramado por diversas vezes, descontando a raiva, antes de se levantar e chutar o ar com força, recebendo um apoio do camisa 20.

Gritei palavras de encorajamento como se de alguma forma ele pudesse me escutar. Eu não me importava com o que as pessoas pensariam, estava em um estádio para gritar mesmo.

Suspirei fundo, queria poder dar um abraço nele agora, principalmente depois de ver seu rostinho no telão. Senti um aperto chatinho no peito, quando Néstor o substituiu pelo Sebástian. Ele sai xingando, aposto que não queria abandonar o time naquele momento, mas imagino que o motivo da substituição sejasse o cansaço que ele muito provavelmente estava sentindo.

*

Tentava buscá-lo com o olhar, mas não conseguia vê-lo, isso me deixou frustrada.

O placar do jogo havia mudado, e um resquício de esperança brotou no meu coração. Dessa vez empatado, graças ao James com um pênalti marcado, o jogo seguia. Faltando apenas dez para encerrar a partida, Lucho brilhou com mais um gol, salvando definitivamente o time. Precisavam apenas proteger a bola para que permanecesse assim até o final.

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