cinquenta e nove | não capturado.

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Isabella Trajano.

Isabella Trajano

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──── Obrigada. — agradeço ao funcionário do hotel, que fez a gentileza de carregar as minhas malas.

Me sinto frustrada por não ter conseguido antecipar a passagem e voltar para o Rio de Janeiro, de fato era isso que eu queria, tanto quanto esquecer o que aconteceu e tentar ocupar a mente com a minha rotina no Rio.

Mas, teria que ficar por mais alguns dias. Fiz reservas em um hotel 4 estrelas, um pouco mais distante, para não correr o risco de Richard me encontrar. Tudo que não quero agora, é vê-lo.

Queria um tempo para esfriar a cabeça e processar o que houve.

Usei o telefone para pedir algo para me alimentar e fui para o banho, quem sabe assim então, descansar a minha mente. Estava magoada, quebrada, quero somente apagar da minha cabeça, esse dia que parece não ter um fim.

A lembrança dos lábios dele nos meus, de cada toque, momento juntos vindo a tona em minha mente, enquanto a água quente escorria sob a pele. Não conseguia parar de pensar no quanto havia sido boba, por acreditar que alguma coisa boa de fato estava acontecendo na minha vida.

Suspiro fundo ao me obrigar a sair dos minutos de paz que a água quente no corpo me trouxe, sentindo meu estômago se revirar. Estou morta de fome.

Visto um pijama confortável e quando estava prestes a pentear os cabelos, o entregador chega com o meu sushi. Pego a caixa de tamanho médio e pago a conta, o agradecendo pela gentileza.

Mal fecho a porta e o meu telefone toca, quando deixo a comida na mesa. Pelo número grafado, era a polícia, e eu sinceramente esperava uma boa notícia.

──── Senhorita Trajano? — reconheço a voz da policial do outro dia.

──── Olá, eu mesma.

──── Passando para informar que infelizmente ainda não conseguimos capturar o acusado. Preciso de mais informações, qualquer uma que possa nos ajudar. — gelo no lugar com o que acabo de ouvir e faz com que eu queira vomitar o sushi que sequer encostei na boca.

──── Infelizmente não tenho. Ele me enviou uma mensagem recentemente por um novo número, se isso for ajudar em algo. — digo, deixando a ligação no viva voz enquanto procuro o contato.

──── Ajuda sim. Me envie por e-mail por favor, querida. — pede, educadamente.

Digito o número de telefone no e-mail e adiciono o print da conversa.

──── Prontinho. — falo, não segurando a vontade de perguntar sobre a medida de proteção. ──── Mas, e a minha mãe? Não deixem de proteger ela, por favor. — pronuncio, abrindo a caixa de sushi e começando a comer.

mensagens | richard rios Onde histórias criam vida. Descubra agora