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Deinert

Alerta gatilho: Esse capítulo possui conteúdo sensível como menção de abuso.

Apreciei os carinhos em meu cabelo ainda de olhos fechados, a sensação era tão boa.

Espera.

Eu moro sozinha!

Quem está fazendo carinho no meu cabelo?

Abro meus olhos vendo meu ex-noivo deitado na cama comigo, afagando meus fios.

Me levantei num pulo até o assustando.

— Está tarde, volte...

— QUE PORRA FAZ AQUI? — me afastei assustada.

— Vim dizer que você não tem noção do quanto eu quero recomeçar tudo. — ele se aproximou de mim outra vez. — Eu te amo.

— Cam...

— Eu não fiz nada, quando eu vi, Mona já havia tirado minhas roupas, eu só queria que soubesse disso, ela veio atrás de mim e se aproveitou da minha noite do vinho, eu te liguei todos os dias durante essas duas semanas, eu não consigo parar de pensar em você, sinto falta de você.

Não consegui dizer nada, estava desacreditada que esse homem estava deitado na cama comigo depois de tudo que fez.

Quando dei por mim, ele me puxou pelo pescoço, selando nossos lábios como de costume.

Cameron sempre inicia o beijo tocando a parte frontal do meu pescoço, minha garganta, desde o nosso primeiro beijo, ele diz ser para me impedir de me soltar, já que ele não suporta a ideia de ficar longe de mim, por me amar demais.

Sentir ele fazer isso comigo outra vez, mesmo depois de tudo, me trouxe conforto de certa forma.

Dei espaço para que sua língua adentrasse minha boca e retribui sentindo aquilo que eu amava desde tão jovem.

Tentei soltar nossos lábios para dizer que o amava também, mas quando eu os separei minimamente, ele os capturou outra vez, tornando nosso beijo mais intenso.

Eu acompanhei o beijo e logo ele me deitou na cama outra vez, passando as mãos pela minha camisola.

— Você é gostosa pra caralho. — ele disse entre o beijo apertando a minha coxa.

Senti ele arrancar a minha calcinha e jogá-la para longe, quando me dei conta ele já estava me penetrando, e pude sentir pela temperatura corporal interna que não havia nenhuma barreira entre nós, tentei empurra-lo.

— Camisinha Cameron. — disse mas ele tampou a minha boca com a mão.

— Fique tranquila, termino na sua boquinha. — disse sentindo ele bombando dentro de mim.

Senti um estalo na minha perna e meus pulsos doíam com a pressão que ele exercia neles com uma só mão, ele segurava meus pulsos unidos com uma de suas grandes mãos acima de minha cabeça, as pressionando contra o colchão, enquanto a outra mão apertava a carne de meu corpo.

Não tinha problema com nada que Cameron exigia na cama, aliás, todos nós temos nossos desejos específicos.

No entanto, por mais que já tivéssemos transado sem camisinha algumas vezes, eram em contextos completamente diferentes, havíamos perdido a virgindade um com o outro e ficamos juntos desde então, então meu anticoncepcional resolveria tudo. Agora era outra situação, ele havia transado com outra pessoa além de mim, outra mulher que caso ele não tivesse usado camisinha, poderia me contaminar com algo que teria que viver o resto da vida.

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