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Deinert

Cheguei na porta do apartamento mal conseguindo encaixar as chaves na fechadura, trêmula, olhei a porta de Bailey e vi seus sapatos na porta, respirei fundo.

Abri a porta e me deparei com meu ex-noivo ou noivo, nem sei dizer, sentado no sofá com um copo de conhaque nas mãos.

Não é como se estivéssemos morando juntos, eu moro sozinha e de vez em quando ele faz essas visitas estranhas como se nós estivéssemos bem.

— Onde esteve? — ele me perguntou simples, ele não estava com raiva e nem nada.

Não sei por que estive com medo.

— Fui num karaokê com umas amigas. — sorri sem mostrar os dentes tirando os meus sapatos próxima a porta.

Me sentei ao seu lado pronta pra dizer que continuaria minha vida em Paris sozinha.

— Foi legal? — ele perguntou e eu assenti.

Eu vi meu computador que fica num móvel na sala ligado, diferente de como estava antes de sair, respirei fundo sabendo que ele poderia ter lido todas as minhas mensagens.

Tenho medo de você.

Eu disse a ele na minha cabeça

— Eu te amo. — Cameron tocou meu pescoço no lugar onde costumava fazer e eu senti vontade de chorar.

Ele beijou o local e eu me desvencilhei.

— Cameron, eu acho que depois de tudo...nós mudamos em relação um ao outro, acho que nós estamos corrompidos. — vi seu olhar mudar com as minhas palavras.

— Somos Cameron e Sina, nós conseguimos nos consertar, eu tenho certeza. — tentou me beijar e eu me esquivei.

— Eu não quero que nos conserte, eu quero ser Sina, sem Cameron. — eu disse e por um instante vi ele tentar ler meus olhos.

— Está transando com outra pessoa. — afirmou e riu irônico. — Não acredito nisso.

— Não estou, eu só preciso saber o que é melhor pra m...

— EU SOU O MELHOR PRA VOCÊ PORRA. — ele gritou e eu ouvi encarando meus pés.

Ele pegou as minhas mãos e as beijou, o toque dele nas minhas mãos me estremecia, então senti ele as largar, me dando um alívio.

Não durou muito.

Já que sentia agora as mãos em minha cintura, me apertando contra sua ereção.

— Não. — eu disse, eu acho, não sei se saiu algum som da minha garganta. — Não quero, por favor. — quis confirmar se tinha mesmo dito.

Pelo visto não.

Acho que permaneci calada, já que senti as suas mãos agora em minha bunda.

— Vamos lá, vamos conseguir, vou te reconquistar do jeito que você gosta.

Ele tirou minha saia e arrancou minha blusa para longe, me jogando no sofá logo em seguida.

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