CAPÍTULO 11

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Vidas que seguem - 💋

— Gi, você tem o show marcado para amanhã em Toronto, lembra?

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— Gi, você tem o show marcado para amanhã em Toronto, lembra?

— Lembro, minhas malas já estão prontas.

— Você conversou com o Bruno?

— Conversei. O projeto está acabado. Não quero mais saber dele.

— Vocês brigaram?

— Ele é um idiota, egoísta. Não vale a pena discutir mais sobre isso.

— Que pena que terminou assim. Acho que, ao fazer o show, você vai mostrar para o público que não está afetada pelos xingamentos.

— Não é bem assim... Eu me importo, sim. Não vou fingir que está tudo bem quando não está. O show é uma coisa, mas isso ainda me machuca.

— Eu entendo, Gi, mas você sabe que precisa seguir em frente, né? O público não vai querer ver alguém que está preso ao passado.

— Eu sei, mas não é tão simples. Eu não estou apenas "seguindo em frente". Estou tentando lidar com tudo isso, e parece que sempre que alguém menciona o Bruno, a raiva volta.

— Eu sei, eu sei… Mas você tem o show amanhã, e ele é importante. Vai ser uma oportunidade de mostrar que você é maior do que isso. Maior do que essa briga, maior do que os hates.

— Eu sei que o show é importante. E eu vou fazer o meu melhor. Só… não sei se consigo esquecer tudo isso tão rápido.

— Não estou dizendo que você deve esquecer, Gi. Apenas que não pode deixar que isso te paralise. O mundo não espera. O público também não.

Gi suspirou, passando a mão pelos cabelos, pensativa. Sabia que havia algo de verdade nas palavras da amiga, mas a dor estava mais presente do que ela gostaria de admitir.

— O show vai acontecer, e você vai estar incrível. Depois, quando tiver um tempo, pode lidar com isso do seu jeito.

— É… talvez seja assim que eu precise fazer. Focar no show, no palco, e depois... tentar entender o que aconteceu entre mim e o Bruno.

— Isso mesmo. Agora, vai lá e faz o que você sabe fazer de melhor. Mostrar quem você é.

Giselle respirou fundo, sentindo a pressão aumentar. Ela sabia que a raiva não desaparecería de uma hora para outra, mas também sabia que tinha um compromisso com seu público e consigo mesma. O show de amanhã era a chance de, pelo menos por um momento, se desconectar do caos e se reconectar com aquilo que a fazia sentir viva.

— Ok. Vou me concentrar no show. Depois eu vejo como lidar com o resto.

Sua amiga sorriu, abraçando-a de forma breve, mas cheia de compreensão.

— É isso aí. Você vai arrasar, Gi.

Gi respirou fundo enquanto caminhava pelos corredores do aeroporto de Toronto, sentindo o peso da distância e da expectativa. O show estava prestes a acontecer, mas a bagagem emocional que carregava parecia muito mais pesada do que a mala que arrastava. A conversa com a amiga ainda ecoava em sua mente. “Foque no show”, “não deixe que isso te paralise”. Como se fosse simples.

Entre Marte e Estrelas - BRUNO MARSOnde histórias criam vida. Descubra agora