ENTRE MARTE E ESTRELAS ⭐ | "So I'ma love you every night like it's the last night"
"O que acontece quando dois astros cósmicos colidem: será que o destino deles é apenas uma paixão passageira, ou algo muito mais profundo os une?"
Giselle Star é uma...
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Bruno despertou com o som de passos suaves no quarto. A claridade matinal invadia o espaço, tingindo-o com uma luz suave e pacífica. Ao abrir os olhos lentamente, ele encontrou o espaço vazio ao seu lado, onde Giselle estivera durante a noite. Virou a cabeça, e a viu do outro lado do quarto, andando em silêncio com o celular na mão. A camisa dele caía sobre seu corpo de maneira delicada, e ele não pôde deixar de sorrir ao observá-la, mesmo à distância.
Ela parecia envolvida em uma conversa séria, falando em voz baixa e de costas para ele. A expressão de Giselle, mesmo de perfil, parecia tensa, e Bruno começou a perceber o peso que ela carregava, ainda que tentasse esconder. Ele permaneceu em silêncio, sem querer interromper, e apenas observou enquanto ela caminhava pelo quarto, perdida nos próprios pensamentos.
Logo após desligar o celular, ela ficou parada por alguns segundos, parecendo processar o que acabara de ouvir. Ele esperou, tentando entender se devia ou não se levantar e falar com ela. Mas antes que pudesse tomar uma decisão, o celular dela vibrou novamente, e ele percebeu que agora era outra chamada — possivelmente de alguém que ela não poderia ignorar.
Ela atendeu a chamada com um suspiro, e ele ouviu o tom de voz tenso e impaciente de Sarah, sua agente. Bruno tentou não prestar atenção na conversa, mas a intensidade na voz de Giselle, respondendo com firmeza e exasperação, era impossível de ignorar. Ele entendeu que a pressão da carreira dela estava novamente em um momento crítico. Por mais que tentasse manter a calma e controlar a situação, ele sabia que tudo aquilo pesava sobre ela, e que a indústria era implacável com quem não se adaptava a seus prazos absurdos.
Quando a ligação finalmente terminou, Bruno viu Giselle suspirar profundamente, com o celular ainda apertado nas mãos. Ela parecia distante, e ele pôde notar o leve tremor em seus dedos. Foi então que, sem sequer olhar para ele, ela caminhou rapidamente até o banheiro, fechando a porta atrás de si.
Por um momento, Bruno permaneceu sentado na cama, tentando entender o que estava acontecendo com ela. Sabia que a pressão na vida dela era constante, mas ultimamente parecia estar ultrapassando limites. Ele sentia uma vontade crescente de ajudá-la, mas sabia que seria necessário dar a ela o espaço que precisava.
Alguns minutos depois, ela saiu do banheiro, já vestida, e ele percebeu a pressa em seus movimentos. Giselle lançou-lhe um breve sorriso, mas Bruno notou a tensão por trás daquele gesto.
— Está tudo bem? — perguntou, tentando transmitir serenidade.
Ela devolveu um sorriso rápido, como se tentasse aliviar a situação, mas sua expressão ainda carregava o peso de algo que ele não conseguia definir completamente.
— Está, sim. Você é um dorminhoco, Bruninho — respondeu ela, brincando, como sempre fazia para desviar do que realmente sentia.
Ele riu, entrando no jogo, mas com uma sensação incômoda de que a situação era mais complicada do que aparentava.
