ENTRE MARTE E ESTRELAS ⭐ | "So I'ma love you every night like it's the last night"
"O que acontece quando dois astros cósmicos colidem: será que o destino deles é apenas uma paixão passageira, ou algo muito mais profundo os une?"
Giselle Star é uma...
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Giselle saiu exausta do show em Toronto, o silêncio a envolvia enquanto seguia de carro até o hotel ao lado de Sarah, sua produtora. O cansaço físico era palpável, mas sua mente estava ainda mais pesada.
Sarah tentava animá-la, elogiando a performance da amiga. "Seus shows foram incríveis, Gi, e amanhã você vai estar deslumbrante na capa da Vogue."
No elevador do hotel, Sarah, impaciente, a chamou.
— Gi!
— Oi?
— Você não pode deixar o fracasso com o Bruno Mars te abalar. Você é uma artista, precisa se reerguer!
— Eu sei que sou uma artista.
— Então aja como uma. Bruno Mars é passado. Apesar das críticas, sua carreira ainda está de pé. Não decepcione seu público.
— Certo. — concordou, antes de se despedir e entrar no quarto.
No quarto, Giselle tentou relaxar. A água quente do banho escorria por seu corpo, mas, mesmo assim, o alívio não vinha. Deitou-se na cama, mas o sono teimava em não chegar. Quando o celular vibrou ao lado dela, era uma ligação inesperada — sua mãe, às duas da manhã.
— Mãe? O que aconteceu?
— Desculpa te ligar a essa hora, meu bem... mas seu pai está doente. — A voz da mãe soava tensa, o que fez Giselle se sentar de repente.
— O que ele tem?
— Não sabemos ao certo. Estamos nos Estados Unidos agora.
— Eu vou para aí.
O coração de Giselle acelerou. O cansaço que antes pesava sobre ela evaporou em um instante. A ligação da mãe parecia fazer o tempo parar, deixando apenas a urgência de estar com a família. Ela olhou o relógio: 2h da manhã. Não havia voos imediatos, mas isso não importava.
Pulando da cama, começou a arrumar suas coisas rapidamente. A cabeça rodava em mil pensamentos: o pai, a doença, os compromissos que precisaria cancelar. Mal podia acreditar que algo tão grave estava acontecendo.
Ligou para Sarah, que atendeu no segundo toque, a voz ainda animada como se não houvesse passado nenhum tempo desde a última conversa.
— Sarah, preciso que você cancele tudo — disse Giselle, as palavras saindo atropeladas. — Meu pai está doente. Preciso ir para os Estados Unidos agora.
— Meu Deus, Gi. Claro! Eu vou resolver tudo. Não se preocupe com nada além de estar com sua família. Vou conseguir o primeiro voo disponível pra você.
Giselle agradeceu e desligou, sentindo o peito apertar. Pegou a mala, jogando as roupas sem cuidado dentro, enquanto sua mente navegava pelas memórias com o pai: a infância, as lições, os momentos em que ele sempre a apoiou. “E se for grave?”, pensava, tentando afastar o pior cenário.
