ENTRE MARTE E ESTRELAS ⭐ | "So I'ma love you every night like it's the last night"
"O que acontece quando dois astros cósmicos colidem: será que o destino deles é apenas uma paixão passageira, ou algo muito mais profundo os une?"
Giselle Star é uma...
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Bruno despertou com a luz suave do amanhecer entrando pelo quarto, a claridade destacando os contornos de Giselle, que tentava se levantar da cama ao lado dele. Ainda sonolento, ele acompanhava seus movimentos cuidadosos e calculados, como se ela estivesse tentando evitar qualquer barulho que pudesse despertá-lo. Observá-la assim, na simplicidade de uma manhã qualquer, sem pressa ou as tensões que o mundo deles sempre impunha, fez com que ele sorrisse, aquele tipo de sorriso que surge sem esforço.
— Tentando fugir, Star? — murmurou ele, com a voz rouca e baixa, mas já com um toque de provocação. Antes que ela tivesse chance de responder, seu braço a puxou de volta, como se ele quisesse prolongar aquela intimidade o máximo possível.
Ela sorriu, com aquele olhar que misturava surpresa e tranquilidade, e respondeu com uma voz suave: — Só não queria te acordar.
Bruno a observou em silêncio por alguns segundos, o cabelo dela caindo desordenadamente pelos ombros, os olhos refletindo uma paz que ele quase nunca via. Ele sabia que no palco ela era uma estrela, mas ali, naquele instante, parecia tão humana e próxima quanto ele jamais a havia visto. O sentimento de conforto ao seu lado era uma novidade, uma sensação que ele tentava prolongar ao máximo.
Ele deu uma pequena risada, tentando manter o clima leve: — E então, vamos falar sobre o que começamos a criar ontem?
Giselle riu também, e Bruno percebeu o quanto gostava daquele som, da maneira como ela conseguia misturar diversão e leveza em uma risada. Ele se deu conta de que ela sempre o surpreendia, que nunca levava tudo tão a sério, mas, ao mesmo tempo, sempre sabia exatamente o que queria. Aquela certeza dela o fascinava.
Ele pegou o violão e começou a dedilhar uma melodia, quase como se aquilo fosse automático, uma música que parecia surgir de forma natural entre eles. Bruno olhou para Giselle, e viu seus olhos fecharem enquanto ela absorvia cada nota, o corpo relaxando com o som. Mas ele também percebeu algo mais: uma tensão no ar, uma que parecia estar ali desde o começo, mas que naquele instante era impossível de ignorar. Ele sabia que não era só uma colaboração musical. Era algo mais íntimo, mais verdadeiro, e ele se pegava questionando onde terminava a música e começavam eles dois.
Enquanto tocava, ouviu uma batida inesperada na porta, fazendo Giselle sobressaltar. Ele parou imediatamente, e ambos ficaram em silêncio. Do outro lado da porta, ouviram a voz de Sarah:
— Giselle?
Giselle, com os olhos arregalados, gesticulou rapidamente, indicando que ele ficasse quieto. Com um movimento rápido, ela pegou as roupas dele que estavam espalhadas pelo chão e as jogou para dentro do banheiro, indicando com a cabeça que ele fosse para lá. Bruno estava se divertindo com o nervosismo dela, mas, ao ver o olhar dela, decidiu não provocá-la mais.
Ela sussurrou, com um tom de urgência e um toque de desespero: — Vai, entra no banheiro e fica em silêncio.
Bruno deu um sorriso contido, mas obedeceu, indo para o banheiro e fechando a porta atrás de si. De lá, ele conseguiu ouvir a conversa enquanto se vestia.
