CAPÍTULO 15

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             O apartamento do Shane era tão arrumado e impecável quanto o estúdio dele. Era escuro, a maioria dos móveis e da decoração era marrom e amadeirada. e apesar de ser enorme, a arquitetura era toda semelhante à de um loft. Imenso. Mas um cômodo único bem divido e arquitetado. A sala e a cozinha eram juntas, e acima da cozinha tinha um andar aberto que parecia ser um estúdio, cheio de desenhos espalhados.

— É arrumado. — esssas primeiras palavras me escapam antes mesmo que eu possa pensar sobre.

— O quê? Achou que eu vivia em um chiqueiro? — Zombou, entrando comigo e gesticulando o ambiente. A visão da sacada dele era linda, as luzes dos outros prédios e do céu.

— Eu não disse isso. Só...acho que esperava algo...diferente? Não sei. — dei de ombros.

— Desapontada?

— Não — sacudi a cabeça. — Combina com você. E é aconchegante. — sorri por poucos segundos, e ele sorriu de volta contente com o meu sorriso, me pegando no colo e levando-me até o sofá imenso e cheio de travesseiros.

— Preparada para retomar o nosso jogo? — Ele sorriu quando me deitou no seu sofá, subindo entre as minhas pernas e me enchendo de pequenos beijos por todo o comprimento do meu ombro, puxando a manga da minha saída de praia, fazendo com que eu me arqueasse toda na sua direção, tentando obter mais dos lábios dele que toda vez que me tocavam e faziam com que eu esquecesse de tudo além dele.

— Eu estou toda suja de areia e água salgada...vou sujar seu sofá — murmurei, percorrendo os meus dedos pelo escorpião tatuado na lateral da cabeça dele.

— Mhmm, acho que vou ter que te emprestar o meu banheiro...— ele mordiscou meu pescoço, rindo das cócegas que me causou. — e as minhas roupas.

— Sim. Eu estou morrendo de fome também — resmunguei, abraçando os ombros dele e enfiando meu rosto na lateral do pescoço do mesmo, me deixando respirar o cheiro dele e da sua colônia por bons segundos.

— E de cansaço e bebida...— Shane lamentou, me abraçando forte antes de recuar, me observando sinalizar um sim cansado.

— Vai ficar um mês inteiro sem sair de novo, imagino? — O tatuador leu minha alma naquele momento, e eu suspirei sem nem tentar esconder a concordância e alívio por ter sido tão bem lida por alguém.

— Exatamente.

— Destruíram a sua bateria social, não foi? — Ele fingiu pena.

— Destruíram sim.

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