CAPÍTULO 21

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        Eu estava começando a me arrepender desse fingimento todo, e da viagem, e nem tinha encontrado com a minha mãe ainda.

— Shane, larga essas flores. Pelo amor de Deus. Minha mãe não precisa disso. — repito acho que pela centésima vez desde que ele enfiou essa ideia de comprar algum um presente para a minha mãe.

— Anda, estressadinha. Me fala quais são as flores favoritas dela! Isso é o mínimo que eu posso fazer já que ela e seu pai vão estar me recebendo na casa deles.

— Você não precisa levar nada. Ela vai implicar comigo de qualquer jeito. É o que ela faz de melhor. Estou te avisando isso desde ontem, mas você fica se fazendo de surdo!

— Penélope! — o tatuador me repreendeu da porta da floricultura na cidade dos meus pais.

Tínhamos chegado na cidade da minha infância alguns minutos atrás e estamos perdemos quase meia hora debatendo, pois Shane decidiu comprar um bendito buque de flores para a minha mãe, mesmo eu insitindo, quase batendo naquele capacete dele com a minha bota, para que entendesse que era uma péssima ideia porque a minha mãe não gostava de nada além dela mesma, e do papai.

Infelizmente eu só tinha dito aquilo para omitir a verdade, de que minha mãe odiaria qualquer coisa que Shane a presenteasse. Eu não queria acabar com a alegria dele. Não queria mesmo. Porque eu acho que nunca vi alguém tão empolgado para conhecer os pais de outra pessoa como ele. Ele foi o primeiro a acordar e arrumar nossas coisas, e se preparar para que pudéssemos chegar aqui sete horas da manhã em ponto. Ele me acordou, o que resultou em um soco no maxilar dele porque eu me assustei e me irritei com ele me sacalhando. Precisei especificar e lembrar ele que me acordar daquele maneira resultaria em morte, e ele prometeu que seria mais cuidadoso, e eu me desculpei pelo soco.

— Santa paciência — resmunguei. — Orquídea. Ela gosta de Orquídeas. — resmunguei, abaixando o visor do meu capacete em desistência.

Shane entrou na floricultura todo bobo e eu enviei uma mensagem para meu pai avisando que estaríamos chegando em menos de cinco minutos.

— Você acha que conseguimos voltar de noitinha? — perguntei, segurando o vaso enorme da orquídea para que Shane pudesse subir na moto e voltar para a rua.

— Claro, estressadinha. Mas se quiser, ficamos o fim de semana todo. Não me incomodo. — ele deu rápido e leve acarriciar na lateral da minha coxa antes de voltar a segurar no guidão da moto.

— Não quero. Eu e a minha mãe vamos brigar nos primeiros cinco minutos. — resmunguei.

E claro que mesmo eu detalhando o mais explícito possível para o Shane que a minha mãe era um pesadelo em forma de gente, e que passar mais do que alguns minutos na presença dela era muito, ele disse que eu estava exagerando e que ela não podia ser tão ruim assim. Pois bem, eu iria falar "eu avisei" quando estivéssemos indo embora duas horas depois em meio uma discussão minha e dela. Era sempre, sempre assim. Uma rotina que eu sabia bem cada fala. Ela começaria falando do meu cabelo. E o Shane...eu tinha certeza de que ela cairia dura no chão quando visse ele, ou bateria a porta na nossa cara. E bem...eu definitivamente faria ela se arrepender disso, porque eu não deixaria ninguém rejeitar ou maltratar o Shane desse jeito.

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