O encontro entre eles foi agitado, movido por muitos sentimentos, e pouca paciência.
Tudo o que Penélope queria era fazer uma tatuagem, a possível dor ou o fato do lugar escolhido deixar o seu rosto em brasas não eram um problema. O seu maior probl...
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Alguém está falando ao meu lado na cama.
— Cala a boca — mandei furiosa.
Eu odiava ser acordada. Odiava com todas as minhas forças. E somente quando penso no fato de que tem alguém falando ao meu lado na minha cama que me assusto, giro na cama e encontro Shane, quem já a me encarar com o peito nu e o quadril envolto no meu cobertor em meio todos os infinitos travesseiros pequenos que eu tinha na cama porque odiava a sensação de vazio no colchão e precisava me agarrar a pelo menos dois ou três.
— Me mandou calar a boca? — Ele me perguntou incrédulo, seu tom bem humorado apesar disso.
— Esqueci que dormiu aqui. Odeio que me acordem — frizzei, girando na cama para o outro lado e fechando os meus olhos.
— Tão mau humorada...
Shane beija a minha nuca, a mão tocando minha cintura nua, durante a madrugada quando ele já dormia feito um urso — faltava-le apenas roncar — eu tirei minha roupa ficando nua, costume antigo e vicioso, pensei que acordaria antes dele para me vestir, não foi o caso.
— Mhmm, sem roupa? Isso não pode acabar bem.
O mesmo ri, mordiscando meu ombro de brincadeira, percorrendo o nariz por cima da minha pele e inspirando. A mão dele viaja por cima do meu estômago, os dedos circulam acima da minha virilha. Eu respiro bem devagar, bastante desperta com essas carícias. Espero para que ele me toque, desejo que ele me toque, que faça qualquer coisa, mas de repente a sua mão refaz o caminho de ida e deixa meu corpo.
— O que foi isso? — Pergunto de olhos abertos, e me jogo para trás de maneira decepcionada.
Shane apenas me olha parecendo não saber o que pensar, ou tentando advinhar meus pensamentos, a encarar-me curioso e pensativo. Eu expresso minha ira e isso o faz sorrir.
— Desculpe por te acordar, vou me lembrar que acorda mau humorada e não gosta que te acordem na próxima vez — Encolhe os ombros e senta na cama.
— Desculpe por parar de te tocar? — Eu sugirei, tocando nas suas costas.
Observo com o máximo de atenção que meu estado pós sono me permite a tatuagem de um olho egípcio e a frase abaixo que diz: Todo santo tem um passado. Todo pecador tem um futuro.
Giro meus dedos pelas palavras e desço, percorrendo os outros desenhos cravados na pele dele, sentindo como o seu corpo se contraí sob meu toque quando ele se vira na minha direção, movendo o tronco de lado e abaixando mais o rosto para conseguisse me encarar através do canto do olho.
— Queria que eu continuasse? — ergue a sobrancelha, como se a minha resposta não fosse óbvia.
— Dããã? Não quer me tocar agora é isto? — Eu tento arriscar uma brincadeira dramatizada.