11 | Ceilings

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Eu estava sentado na mureta em frente a escola, quando Jisung se aproximou lentamente, arrastando os pés, cabisbaixo. Eu sentia, inquieto, a onda de dor e tristeza que emanava dele.

- Ji.....? Tá tudo certo? - Perguntei segurando ele pelos ombros quando ele se aproximou.

Ele simplesmente negou, e enterrou a cabeça no meu ombro, me abraçando com força, começando a chorar.

Nessa hora, deixei toda a cautela de lado, e o envolvi com meus braços em um abraço forte, tentando tranquilizar o ômega que soluçava desesperadamente nos meus braços.

Eu estava desesperado, queria tomar a dor dele pra mim. Eu não conseguia ver ele sofrendo assim.

- Jisung, por favor, me conta o que aconteceu... Eu não vou te julgar, só quero te ajudar... Sou seu namorado, POR FAVOR.... - pedi, sem largá-lo.

- A gente.... A gente pode ir pra outro lugar, por favor?- ele pediu. As pessoas começavam a nos olhar.

- É claro. Vem. - sem largar dele ainda, o levei pro meu carro. Changbin passou ao lado, e arregalou os olhos, vendo o irmão naquele estado.

Ele fez menção de se aproximar, mas eu apenas neguei com a cabeça, mostrando que eu iria cuidar dele. Ele apenas assentiu, e se afastou, ainda nos olhando, preocupado.

Entrando no carro, acelerei em direção a minha casa, que estava vazia no momento. Eu acariciava a coxa do ômega de leve, transmitindo carinho e tentando tranquilizá-lo.

Chegando no destino, entramos em casa, e o levei até meu quarto, o fazendo sentar na cama.

- E então, quer me contar o que aconteceu? - Perguntei, a voz calma. Ele olhava pro edredom na cama, traçando pequenos círculos com o dedo.

- Eu... Ontem, eu fui sair pra andar um pouco, pra pensar sobre nossas ultimas duas noites passada e tals... - nesse momento tanto ele como eu coramos.

- Prossegue.- falei.

- Eu tava andando, e então alguns alfas apareceram.... - Nesse momento, eu gelei, e lágrimas começaram a escorrer pelo rosto dele.

- Eles.... Eles me pegaram pelo braço, felizes por me ver sozinho, sem você. Eles me levaram pra um lugar escuro, um apartamento abandonado acho, e..... E.... - nesse momento ele começou a engasgar com os soluços que vinham, mas eu precisava ouvir o resto.

- E....?

- Eles me estupraram Minho.... Me machucaram, me amarraram e fizeram tantas coisas.... - sem conseguir continuar, ele desabou em soluços descontrolados, escondendo o rosto nas mãos.

Eu me levantei da cadeira em que estava sentado, e o tomei nos braços, num abraço apertado, acariciando seu corpo trêmulo.

- E-eu... Eu tô me sentindo sujo, violado... Como se meu corpo não fosse mais meu.... E isso é tão horrível, Lino... Eu me sinto um pedaço de carne, algo nojento..... Aquilo... Na hora, eu pensei que fosse morrer, pensei que eles me matariam depois....Eu fiquei com tanto medo de nunca mais te ver....- ele soluçou contra o meu ombro, partindo o meu coração.

- M-e desculpa.... Desculpa mesmo Lino... Eu não provoquei eles tá? Eu j-juro.... - Ele dizia enquanto suas mãos agarravam minha camiseta já manchada de lágrimas.

- D-do que você tá falando Jisung? - Perguntei, confuso. O único que deveria estar se desculpando ali era eu, que tinha deixado ele sozinho.

- Eles me chamaram de ômega oferecido, de puta e várias outras coisas... Só queria que você soubesse que eu não queria que aquilo acontecesse ok? Eu te amo, você e mais ninguém.

O fitei, horrorizado. Como ele podia pensar que tinha culpa naquela situação?!

- Han Jisung,me escuta bem: VOCÊ não tem culpa nenhuma, tá entendido? O culpado aqui sou eu, é claro que eu sei que você não queria aquilo, você é chato, insuportável e irritante, mas não oferecido!

Ele deu uma risada chorosa, e me abraçou mais forte.

- Ji.... Eu tô aqui pra você tá?- disse no ouvido dele. Infelizmente, esse era o máximo de amor que eu podia dar pra ele no momento.

Ele levantou o rosto,me encarando. Eu o beijei então. Um beijo calmo, intenso e doce, com gosto de abacaxi e morango.

Ele pareceu estar mais tranquilo. Distribui vários beijinhos pelo seu rosto, tentando o acalmar.

- Mais tranquilo....? - perguntei.

- Hm... Sim. Você tem alguma coisa... Não sei se é só o cheiro... É a sua presença como um todo que me acalma... - ele sussurrou, se aconchegando nos meus braços.

- Que bom, gatinho. Fico feliz em saber disso- disse baixinho, ele estava quase dormindo.

- É a primeira vez que você me chama de gatinho desde que a gente voltou. - ele murmurou, e eu só fiquei quieto, acariciando seu cabelo, soltando meu cheiro pelo quarto, acalmando o meu ômega, que logo estava adormecido.

Observei seu rosto... Seus lábios, seus olhos, suas bochechas, seu cabelo castanho claro.... Como suas mãos estavam firmemente agarradas a minha camiseta... Como meu lobo ficava tão a vontade com ele por perto....O modo como nossos corpos se encaixavam tão perfeitamente....

- Te amo, Hannie - Sussurrei baixinho no seu ouvido.

Aquela verdade doeu em mim. Eu o amava, e sabia que ele me amava ainda mais.

Como eu poderia ser a causa do seu coração partido....?


Porra esse cap mexe demais comigo Monnies.... O próximo é só deprê.
Estamos no final da fic!!!! Meu deussssss que estranho kkkk

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Beijos da Lili🍓

Minsung: TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora