Camisa 27 - Richard Ríos

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Aviso: Contém cenas 🔞

Richard

Quatro dias depois

Rio de Janeiro, 15:40

Allianz Fla Arena

Depois da confusão de quarta no jogo contra o Corinthians conseguimos ganhar o jogo por quatro a dois e avançar para a quartas finais.

A mídia ficou curiosa para saber o que tinha acontecido com o rosto de Pedro Raul, mas nem o Corinthians nem o Palmeiras se pronunciaram a respeito do assunto.

Hoje é dia de golear o querido time da Serena e eu não via a hora de zoar ela e Ravi junto com os meus filhos.

Vim descobrir na hora do aquecimento que o meu filho vai entrar com Matheus Gonçalves, jogador do Flamengo e isso está me incomodando de um jeito nada bom.

Estava descendo as escadas para formar a fila com os jogadores do Palmeiras, quando vi Ravi conversando com Lorran e Werton.

— Vai mesmo deixar ele entrar com o time rival? - Rômulo perguntou baixo e eu assenti.

— Proibir que eu não vou.

— Que maturidade.

— Não é questão de maturidade e sim de ver a felicidade do seu filho. - Pisquei para Ravi e ele veio até mim.

— Por que você não é palmeirense igual aos seus irmãos, Ravi? - Rômulo perguntou.

— Porque eu não sou todo mundo e o Flamengo é mil vezes melhor que o Palmeiras.

— Toma o que você queria ouvir, Rômulo. - Lázaro zombou e meu amigo revirou os olhos. — Você fez uma ótima escolha, Ravi.

— Eu sei disso.

— Não incentive o garoto, Lázaro. - Veiga reclamou.

— Aceita logo que seu afilhado é flamenguista e pronto.

— Ele só é flamenguista por influência da mãe dele.

— Graças a Deus, minha mãe me influenciou a torcer pro melhor e não para um time que não tem mundial.

— Vocês podem falar centenas de coisas do Palmeiras, nada vai convencer e fazê-lo mudar de time. - Gabriel indagou e Ravi concordou.

— Eu sou flamenguista até o fim, padrinho. - Meu filho disse convicto, olhou para Veiga e eu sorri de canto ao lembrar da Serena.

— A cara do pai, mas o DNA da mãe. - Vitor Reis comentou e meus amigos concordaram.

— Preparado para conhecer o novo estádio do seu time? - Olhei para Ravi e ele assentiu.

— Também estou preparado para entrar com o meu pai. - Franzi a testa e vi o sorriso travesso no rosto do meu filho.

— Você não vai entrar com o Matheus?

— Não vou não.

— A Serena contou-me que a diretoria não te deixou usar a camisa do Flamengo no dia do aniversário dele, então porque não deixar o garoto feliz e deixá-lo entrar com o pai? - Abel apareceu do meu lado e tocou no meu ombro.

— A diretoria sabe? - Perguntei e ele negou.

— Só vão saber quando o virem a entrar consigo.

— Obrigado, Abel.

— O Ravi merece conhecer a sensação de entrar contigo independentemente do time que apoias. - Sorri fechado e olhei para meu filho que estava mais feliz que o normal.