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Erro, é a palavra que define o que aconteceu em meu escritório entre Maya e eu, embora ela tenha me beijado, não acho que isso seja certo

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Erro, é a palavra que define o que aconteceu em meu escritório entre Maya e eu, embora ela tenha me beijado, não acho que isso seja certo. Ela alimenta a minha obsessão a cada minuto que passa ao meu lado, com seu jeito meigo e inocente, seus cabelos bagunçados e escuros, sua pele morena e macia... Seu toque, isso não sai da minha cabeça. Embora tenha 18 anos, sou muito mais velho que ela. Estou prestes a completar 41 anos, e Maximus, meu irmão, mais uma vez está chegando de viagem para cuidar dos negócios. Meu aniversário se aproxima, e esse é sempre o pior dia da minha vida: o dia em que perdi Abigail, o bebê que Nicole carregava.

O carro seguia pela estrada em direção ao aeroporto. Maya, encolhida no canto do banco de trás, observava atentamente o que eu fazia em meu tablet. Seu olhar era curioso, mas ela estava estranhamente quieta. Senti o peso do silêncio, quebrado apenas pelo som do motor e da respiração dela.

— O que foi, hein? Está com dor? — perguntei sem tirar os olhos da tela, mas ciente da sua inquietação.

— Nada... Não.— respondeu, envergonhada, desviando os olhos.

— São só planilhas. Não acho que você vá entender sobre isso — falei, tentando soar mais leve.

— Hm... Não mesmo... — respondeu ela, um sorriso tímido aparecendo por um segundo, mas logo sumindo.

Havia algo mais na cabeça dela. Sabia que ela estava lidando com muita coisa, mesmo que não quisesse admitir. Decidi mudar de assunto.

— E a faculdade? — perguntei, casualmente.

Ela hesitou, e por um momento, pensei que não fosse responder.

— Eu... Eu ainda não escolhi o que fazer — disse ela, a voz suave e baixa.

— Precisa escolher — insisti, sentindo uma leve preocupação surgir. Maya tinha tanto potencial, mas parecia perdida.

Ela suspirou, jogando a cabeça para trás, olhando para o teto do carro por um instante antes de murmurar:

— Anna não responde às minhas mensagens... — A tristeza em sua voz era evidente. Anna era sua melhor amiga, e o distanciamento delas parecia afetá-la profundamente.

Eu sabia por Shuji que Anna estava enfrentando seus próprios demônios. Olhei para Maya, e seus olhos encontraram os meus, esperançosos, buscando alguma forma de conforto.

— Pelo que Shuji me contou... — Suspirei, tentando escolher bem as palavras. — Dê um tempo a ela, Maya. Ela está se curando assim como você.

Seus olhos brilharam com uma mistura de surpresa e alívio. Era como se finalmente alguém tivesse dito o que ela precisava ouvir. O silêncio voltou, mas desta vez era menos pesado. Eu sabia que Maya tinha uma longa estrada pela frente, assim como eu, e talvez, de certa forma, nossos caminhos estavam entrelaçados mais do que eu gostaria de admitir.

Henry Cavill - Um monstro entre nós Onde histórias criam vida. Descubra agora