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Essa merda ainda não havia acabado, essa indústria nojenta não havia acabado, o site ainda está no ar, não são só três pessoas envolvidas nessa merda, e sim várias pessoas, passei um bom tempo fuçando o site, na aba infantil, eram poucos vídeos, a...

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Essa merda ainda não havia acabado, essa indústria nojenta não havia acabado, o site ainda está no ar, não são só três pessoas envolvidas nessa merda, e sim várias pessoas, passei um bom tempo fuçando o site, na aba infantil, eram poucos vídeos, abri cada um deles, e fotografei todos os rostos ali presente, todos os monstros que machucavam aquelas doces crianças..

Eu fechei o notebook, tentando afastar as imagens que haviam ficado gravadas na minha mente. Era impossível esquecer o que eu havia visto, a quantidade de podridão espalhada naquela indústria horrenda. Não eram só três caras, era um sistema inteiro, uma rede de monstros que alimentavam uma máquina nojenta e impune. A cada rosto que eu fotografava, cada vídeo que assistia, a repulsa e a raiva só aumentavam.

Max estava certo sobre uma coisa: mexer com isso era praticamente suicídio. Eu sabia que estávamos mexendo em algo imenso, um vespeiro cujas raízes iam muito além dos caras que amarramos no porão. Mas o que ele não entendia é que eu não conseguia parar agora. Não depois de ter visto aquelas crianças, aquelas vítimas indefesas cujas vidas haviam sido destruídas de forma tão brutal.

Enquanto Max ajeitava o relógio e falava sobre o que planejava para a noite, eu me recostei na cadeira, sentindo o peso daquela decisão. Ele queria seguir em frente, enterrar tudo e apenas aproveitar a vida, mas para mim, não era tão simples. A sensação de justiça inacabada me corroía. Aqueles rostos ficariam para sempre gravados na minha memória, e enquanto cada um dos envolvidos estivesse livre, a missão estaria longe de acabar.

- Cara, já fizemos a nossa parte. Vai mesmo continuar obcecado nessa porra? Essas crianças já devem estar mortas - insistiu Max.

- Mortas e sem justiça - repliquei, sentindo a frustração em cada palavra. - Sinto que quero acabar com isso tudo, que cada um deles pague. O site ainda está no ar, e enquanto isso, é como se eu estivesse desistindo deles.

Max respirou fundo, como se tentasse entender a extensão do meu ódio.

- Você sabe que essa parada é muito maior do que a gente. Não importa o quanto a gente faça, essa rede sempre acha uma forma de se manter. Tem gente poderosa nisso, e mesmo que a gente tenha proteção, essa é uma linha perigosa demais pra cruzar.

- Já começamos com isso, Max. Eu odeio começar algo e deixar inacabado.

Max esfregou a nuca, em um misto de cansaço e resignação. Ele sabia que não havia como me convencer.

- Ok, ok, sabe que sempre estou com você. -Suspirou Max. - Vamos, quero gozar pra caralho hoje. - Disse ele saindo caminhando para fora do quarto.

- Ainda não vi a Maya. -Disse fechando o notebook.

Queria ver como Maya estava. Caminhei pelo corredor da mansão em passos largos, ao parar na porta de maya, bati algumas vezes e logo entrei. Ela estava sentadinha na cama, ao lado de sua amiga, Shuji estava encostado na penteadeira irritado.

Henry Cavill - Um monstro entre nós Onde histórias criam vida. Descubra agora