Boa leitura. 📚
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Narrador pov.
O som do despertador ecoou pelo quarto de Margot, mas ela já estava acordada há algum tempo, com os olhos fixos no teto. A noite tinha sido longa e agitada, com as imagens da festa e o beijo de S/n e Madelaine girando em sua mente como um filme que ela não conseguia parar de assistir. Ela tentou não pensar demais no assunto, tentou focar em sua rotina, mas era impossível.
Aquela era a terceira matéria que ela lia sobre o escândalo envolvendo S/n e Madelaine. As manchetes estavam por toda parte, e a conexão com o nome de Margot era inevitável. O mundo das fofocas tinha um jeito de distorcer tudo. Agora, além de lidar com as aulas e as gravações, ela também tinha que conviver com a ideia de que estava, mais uma vez, no centro de um drama que nem queria fazer parte.
_"Margot Robbie envolvida em triângulo amoroso com Madelaine Petsch e filha rebelde de Kendall Jenner?"_
Ela bufou, fechando o laptop com força. Nada disso era verdade, mas não importava o que ela dissesse ou fizesse. O público sempre buscava criar narrativas que vendessem, e Margot sabia que, por mais que tentasse se manter distante, seu nome sempre seria puxado para o centro de qualquer escândalo envolvendo suas alunas. Isso a frustrava mais do que qualquer outra coisa.
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As aulas na escola seguiam seu curso normal, mas nada parecia realmente normal para Margot. Cada dia era uma batalha para manter o foco, tanto para ela quanto para os alunos. Ela dividia sua rotina entre o colégio e os sets de filmagem, um malabarismo constante que exigia um equilíbrio difícil de manter. Pela manhã, lecionava história e literatura para turmas de adolescentes que nem sempre se interessavam pelos temas, e à tarde, ela trocava de persona para ser a estrela que o público esperava ver.
Mas recentemente, seu humor estava mais instável do que o normal. As gravações eram uma fuga bem-vinda – uma chance de mergulhar em outro personagem, outra vida. No entanto, as aulas tinham se tornado mais complicadas. Desde o beijo de S/n e Madelaine no evento, Margot se viu no centro de uma confusão emocional que preferia não enfrentar.
Toda vez que via S/n pelos corredores, algo dentro dela se mexia. Ela sabia que deveria se manter profissional, que precisava ignorar as emoções complicadas que estavam surgindo, mas não era fácil. Ver S/n se aproximando de Madelaine, e depois testemunhar o escândalo público, mexeu com ela mais do que gostaria de admitir.
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Enquanto dava sua aula naquela manhã, sua mente estava longe. A sala parecia cheia de ruídos, mas as palavras dos alunos entravam e saíam de sua cabeça sem fazer sentido. As perguntas sobre a matéria se misturavam com os pensamentos sobre S/n, sobre o beijo, sobre as fofocas que não paravam de surgir. Ela tentava manter a máscara de calma, mas internamente, sentia-se à beira de perder o controle.
Margot não conseguia ignorar a crescente preocupação. Não era só sobre como o escândalo afetaria sua carreira – ela sabia que sua reputação sobreviveria a mais esse drama. Mas S/n… Margot estava genuinamente preocupada com a garota. S/n era impulsiva, teimosa e rebelde, mas também vulnerável de uma maneira que a maioria das pessoas não percebia. Margot via além da fachada de adolescente destemida, via as rachaduras que a tornavam humana.
E agora, com todo o circo midiático em volta do nome de S/n, Margot temia pelo impacto emocional que isso teria sobre ela. Ela sabia o quanto os holofotes podiam ser cruéis, especialmente quando se está envolvido em uma família como os Jenner-Kardashians, onde cada movimento é julgado.
Mas como Margot poderia ajudar, se ela mesma estava se afastando? Sua decisão de ignorar S/n nos últimos dias não era por falta de preocupação – era por autodefesa. Ela não podia se envolver mais. Já havia uma linha tênue sendo cruzada, e Margot não podia dar mais motivos para as fofocas. Ela precisava manter distância. Para proteger sua carreira. Para proteger S/n. Para se proteger.
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Margot olhou pela janela da sala de aula, tentando ignorar o vazio que sentia. A distância que estava impondo entre ela e S/n doía de uma maneira que ela não conseguia explicar. Era mais do que o escândalo. Mais do que as manchetes. Ela sabia que precisava ser a adulta responsável, a professora que mantém seus limites, mas toda vez que via S/n, algo dentro dela vacilava.
O sinal tocou, marcando o fim da aula, e os alunos começaram a sair, mas Margot ficou parada, pensativa. O telefone vibrando na mesa indicava mais uma notificação, provavelmente mais uma manchete sensacionalista ou mensagens de colegas de trabalho tentando "entender o que estava acontecendo".
Margot suspirou, ignorando o telefone e fechando os olhos por um segundo. A confusão em sua mente não parecia desaparecer. E enquanto ela se preparava para o próximo período de gravações naquela tarde, sabia que continuar ignorando S/n só aumentaria o peso que carregava. Mesmo assim, ela tinha que ser forte, manter o profissionalismo... mesmo que sua preocupação por S/n estivesse cada vez mais difícil de esconder.
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Margot saiu da sala em direção ao estacionamento, o som dos saltos ecoando pelos corredores. Ela sabia que teria que encarar a situação de alguma forma, mas naquele momento, tudo que ela queria era um pouco de paz – algo que parecia estar escapando dela a cada dia que passava.
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Aí aí em.