Narrador pov.
A sala estava em um completo estado de choque depois do ultimato de S/n. Ninguém sabia como agir, e o ar estava carregado de tensão. Kris, com o rosto tenso e preocupada com a neta, tomou um passo à frente, como se estivesse pronta para falar algo que pudesse acalmar a situação. Mas no momento em que ela se aproximou, algo dentro de S/n quebrou.
Com o coração disparado e a respiração cada vez mais descontrolada, S/n olhou para o lado, seus olhos fixando em um vaso pesado sobre a mesa. Era como se todas as emoções que ela vinha segurando tivessem transbordado de uma vez. Antes que alguém pudesse entender o que estava acontecendo, S/n pegou o vaso com uma força inesperada e o atirou na direção de Kris.
O vaso voou pelo ar, mas ao invés de acertar Kris, ele atingiu Gigi, que estava ao lado, bem no ombro. O impacto foi forte o suficiente para fazê-la tropeçar para trás, segurando o ombro com uma expressão de dor.
"Meu Deus!" gritou Hannah, correndo até Gigi para ver se estava bem. Gigi gemeu, claramente machucada, mas ainda consciente.
Entretanto, o foco rapidamente se voltou para S/n, que havia caído no chão logo após o ato. Ela começou a hiperventilar, as mãos tremendo incontrolavelmente, lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto sua visão ficava turva. Era um ataque de pânico intenso, e sua respiração estava ficando cada vez mais curta.
---
Margot's pov.
Ver S/n naquele estado quebrou algo dentro de mim. Meu corpo começou a fraquejar, e um aperto no peito me fez perder o controle. O ar parecia faltar, e tudo ao redor começou a girar. Eu precisava respirar, mas a imagem de S/n no chão, lutando para respirar, fez com que meu corpo não reagisse.
"S/n..." tentei chamá-la, mas minha voz saiu fraca, falhando. A dor emocional me atingiu com força, e antes que pudesse processar, senti meu corpo ceder. Me apoiei na parede, lutando para não desmaiar, enquanto minha própria respiração se tornava cada vez mais irregular.
---
Narrador pov.
A sala estava em completo caos. Gigi estava sendo ajudada por Hannah, Kris estava em estado de choque, e Kendall parecia estar congelada, incapaz de mover um músculo enquanto olhava para sua filha no chão. O pânico tomou conta de todos quando perceberam que a situação estava saindo do controle.
"Chamem uma ambulância, rápido!" gritou Khloé, enquanto corria até S/n, tentando de alguma forma acalmá-la. Mas S/n estava completamente fora de si, seu corpo se sacudindo enquanto tentava, sem sucesso, recuperar o fôlego.
O som da ambulância finalmente cortou o ar tenso da casa minutos depois. Os paramédicos entraram às pressas, encontrando S/n em um estado crítico e Margot não muito atrás. Eles foram atendidos rapidamente, e logo S/n foi levada às pressas para o hospital, com todos atrás, ainda processando a intensidade do momento.
---
S/n's pov
Acordei sentindo o cheiro estéril do hospital, a claridade das luzes ofuscando minha visão por um momento. Meus músculos estavam fracos, e minha mente estava nebulosa, como se tivesse voltado de um pesadelo. Aos poucos, a realidade começou a se ajustar, e eu percebi que estava cercada por todos.
Minha família estava ali, mesmo após tudo o que havia acontecido. Vi Kris sentada ao lado de Kendall, que tinha o rosto inchado de tanto chorar. Hannah estava de pé ao lado da cama, e Gigi estava com o ombro enfaixado, olhando para mim com preocupação. Até Margot estava ali, pálida, mas acordada, com uma expressão de dor misturada com alívio.
Por um momento, fiquei em silêncio, tentando assimilar tudo. Mas havia algo que eu precisava dizer, algo que vinha martelando em minha cabeça desde que tudo começou.
"Eu quero morar no Brasil," minha voz soou mais firme do que eu esperava, rompendo o silêncio na sala. Todos me olharam, surpresos. "Definitivamente."
Kendall começou a dizer algo, mas eu levantei a mão para interrompê-la. "Eu sei que isso pode parecer súbito, mas não aguento mais a pressão, não aguento mais tudo o que está acontecendo." Meu olhar se voltou para todos na sala, mas especialmente para Margot. "Preciso de um recomeço, e o Brasil é o lugar onde me sinto em paz. Eu sei que é difícil de aceitar, mas eu espero que vocês respeitem minha decisão."
O silêncio na sala era absoluto. Ninguém sabia o que dizer, e eu sentia o peso da minha declaração sobre eles. Margot finalmente abriu a boca para falar, mas hesitou, antes de dizer suavemente: "Se isso é o que você realmente quer... eu vou respeitar sua decisão."
Era como se o ar na sala tivesse ficado mais leve por um segundo, mas ainda havia muito a ser resolvido. Eu sabia que estava ferindo muitas pessoas com essa escolha, mas, pela primeira vez, eu sentia que estava fazendo algo por mim mesma.
E isso era o suficiente.