Boa leitura. 📚
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Narrador pov.As palavras ecoavam em sua mente, mais alto a cada vez, até abafarem todo o resto. Ela se forçou a levantar, as pernas fracas sob o próprio peso, mas o movimento foi rápido demais—um copo de água caiu da mesa, espatifando-se no chão, os cacos de vidro refletindo a fratura de sua própria compostura. A sala girava ao seu redor, e o furacão de emoções dentro dela parecia crescer, um caos que ela não conseguia controlar. A imagem do sorriso distorcido de seu marido piscou em sua mente, e seu estômago revirou violentamente.
_"Não, eu não posso..."_ murmurou para si mesma, andando de um lado para o outro. Ela se sentia presa dentro do próprio corpo. Com um grito sufocado, ela socou a parede, as juntas de seus dedos ficando vermelhas com o impacto, mas a dor mal foi percebida. Cada segundo era uma batalha entre seu instinto de proteção e a agonia de saber que carregava uma criança que não fazia parte de seus planos, uma criança que talvez enfrentasse a mesma escuridão da qual ela estava tentando fugir.
Sua respiração ficou irregular à medida que ela desabou no chão, um grito agudo de dor e angústia saindo de seus lábios. Margot se encolheu, o corpo sacudido por soluços, tremendo incontrolavelmente. A sensação de impotência a consumia. _"Como posso trazer essa criança para o mundo?"_ pensou novamente, as lágrimas escorrendo livremente agora. Seu corpo parecia estranho, sua própria vida tão incerta quanto o futuro que ela já não conseguia vislumbrar.
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**Casa de Kris Jenner**
Do outro lado da cidade, Kris Jenner havia reunido toda a família. Havia uma tensão profunda no ar, como se todos estivessem segurando a respiração, esperando pela tempestade. Kourtney, Kim, Khloé, Kylie e Kendall estavam sentadas ao redor da grande mesa de carvalho, seus rostos uma mistura de preocupação e incredulidade.
Kris estava de pé à cabeceira, os braços cruzados, o rosto marcado pela preocupação. _“Nós precisamos resolver isso. A situação saiu do controle, e Margot está à beira de um colapso.”_
Kendall estava quieta, os olhos vermelhos de tanto chorar. Ela não conseguia acreditar em como tudo havia desmoronado tão rapidamente. _“Eu devia ter visto os sinais... Como eu fui tão cega?”_ sussurrou, a voz quebrada. Ela cobriu o rosto com as mãos, soluçando baixinho. Kim, sentada ao seu lado, estendeu a mão, colocando-a gentilmente sobre o ombro de Kendall, embora seu próprio rosto também refletisse o peso do caos que todos estavam enfrentando.
Kourtney, sempre a mais prática, quebrou o silêncio. _“O que podemos fazer agora? A mídia está destruindo a Margot, e S/n... ninguém sabe onde ela está.”_
Kylie, que estava mexendo no celular nervosamente, finalmente falou. _“Ela apagou todas as redes sociais. É como se tivesse sumido.”_
Khloé se juntou à conversa, a frustração evidente em sua voz. _“Ela foi pro Brasil, Kris. Falei com algumas pessoas, e parece que S/n foi atrás da Gigi Hadid. Ela quer desaparecer. E ela quebrou o celular. Ninguém consegue falar com ela.”_
A sala caiu em silêncio, o peso da situação finalmente atingindo a todos. S/n havia fugido, e ninguém sabia como trazê-la de volta. Kris apertou o nariz com os dedos, sentindo a responsabilidade de manter sua família unida escorrer por entre seus dedos. _“Precisamos encontrá-la. Ela está fugindo da dor, mas desaparecer assim só vai piorar as coisas. Vamos mandar alguém ao Brasil imediatamente.”_
Kendall, mal conseguindo conter a dor, chorava ainda mais forte, o corpo tremendo. _“Ela é minha filha, mamãe. Como ela pode simplesmente me abandonar?!”_
Kris foi até Kendall e ajoelhou-se ao seu lado, envolvendo-a em um abraço apertado. _“Nós vamos trazê-la de volta, querida. De alguma forma, vamos resolver isso.”_
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**Brasil**
Longe dali, S/n estava parada na beira de uma praia tranquila no Brasil, o oceano se estendendo infinitamente à sua frente. A brisa quente tocava sua pele, mas pouco fazia para acalmar a tempestade que ainda rugia dentro dela. Ela havia encontrado Gigi Hadid, que lhe ofereceu um refúgio temporário, um lugar para se esconder do mundo, da família, da mídia.
Mas, mesmo ali, na distância, S/n não conseguia escapar do peso de suas escolhas. Ela havia apagado sua presença do mundo digital, deletado todos os vestígios de sua vida online e destruído seu celular em um último ato de rebeldia contra o caos que consumia sua existência. As ondas quebravam suavemente em seus pés, e, pela primeira vez em dias, ela sentiu uma fagulha de paz.
_“Será que isso é suficiente?”_ ela sussurrou para si mesma, olhando para o horizonte. A resposta, assim como o futuro, ainda era incerta.
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Bom dia né galera!!🫠