como estão!
Lauren's Pov
Estava sentada na sala de espera do consultório, observando os ponteiros do relógio enquanto Camila folheava uma revista ao meu lado. Eu estava com sete meses de gravidez, e as consultas médicas eram frequentes agora. Sempre ficava ansiosa, querendo saber como nossa bebê estava se desenvolvendo.
A porta do consultório se abriu, e a enfermeira chamou meu nome. Levantei-me com cuidado, e Camila segurou minha mão enquanto caminhávamos até o médico.
Durante a consulta, ouvimos o batimento cardíaco da nossa filha, e tudo parecia perfeito. O médico nos tranquilizou, dizendo que a bebê estava se desenvolvendo bem. No caminho de volta para casa, eu e Camila estávamos mais aliviadas.
— Ela está saudável, Lauren. Está tudo indo bem, — Camila disse, sorrindo.
— Sim, parece que sim, — respondi, ainda emocionada por ouvir o som do coração da nossa filha.
Camila's Pov
Chegamos em casa, e como de costume, preparei tudo para que Lauren ficasse confortável. Ela parecia exausta depois da consulta. Peguei uma almofada extra e ajeitei seus pés no meu colo, começando uma massagem suave.
— Isso é maravilhoso, — Lauren murmurou, fechando os olhos.
Enquanto massageava seus pés, começamos a conversar sobre algo que ainda não tínhamos decidido.
— A gente precisa escolher um nome, sabia? — falei, tentando parecer casual, mas já estava impaciente para resolver isso.
Lauren abriu um dos olhos e riu. — Eu sei, Camz. Mas está tão difícil!
Eu ri também. — Vamos resolver isso hoje. Quero ter algo pra chamá-la além de "bebê".
Começamos a jogar nomes para o alto, mas cada um parecia menos certo do que o outro. Nenhuma das opções nos convencia completamente.
— E se for algo mais tradicional? — sugeri. — Tipo, Sofia?
Lauren fez uma careta. — Hum... não sei. E que tal Luna?
— Luna é bonito, — considerei, inclinando a cabeça. — Mas e se for algo com mais significado? Algo que represente o que estamos vivendo...
Nosso brainstorming foi interrompido quando Normani e Dinah apareceram, como sempre, sem aviso. Entraram com risadas altas, enchendo o ambiente de energia.
— O que tá rolando aqui? Sessão de massagem e brainstorm de nomes? — Dinah perguntou, já se jogando no sofá.
— Sim, mas essas duas aqui estão com zero ideias criativas, — brinquei, apontando para mim e Lauren.
— Ah, deixa comigo! — Normani respondeu, piscando para mim.
Passamos os próximos minutos jogando mais nomes e rindo, mas ainda sem encontrar aquele nome perfeito. A conversa estava fluindo bem, e as risadas enchiam a casa, até que a campainha tocou.
— Eu atendo, — disse, levantando-me. Ao abrir a porta, fui surpreendida por uma figura que eu não esperava ver: a mãe de Lauren, Clara Jauregui.
Ela estava ali, parada, com uma expressão firme no rosto, como se tivesse algo importante a dizer.
— Camila, — ela disse em um tom sério. — Posso falar com a minha filha?
Lauren's Pov
Eu não acreditava que estava diante da minha mãe novamente, depois de tanto tempo. Desde que fui expulsa de casa, essa foi a primeira vez que ela veio me procurar. O choque inicial logo foi substituído pela raiva reprimida. Eu não conseguia esconder o rancor que ainda sentia.
— O que você está fazendo aqui, mãe? — perguntei, tentando manter a calma, mas minha voz já começava a tremer.
Ela me olhou de cima a baixo, com aquele olhar crítico de sempre, sem mostrar qualquer sinal de arrependimento.
— Vim falar com você sobre o futuro do meu neto, — ela disse, cruzando os braços.
Eu bufei, sentindo o calor da indignação subir por mim. — Futuro? Você está falando sério? Vocês me expulsaram de casa e agora vêm aqui falar sobre o futuro da minha filha?
Camila, que estava sentada ao meu lado, me lançou um olhar preocupado. Ela sabia o quanto essa conversa estava me afetando, mas permaneceu em silêncio, deixando-me conduzir o confronto.
— Nós fizemos o que era melhor na época, — minha mãe respondeu com frieza. — E agora estamos dispostos a ajudar, Lauren. Eu e seu pai conversamos, e acreditamos que o melhor para essa criança seria ficar conosco. Nós podemos oferecer o que vocês não podem.
Eu senti meu sangue ferver.
— Ajudar? — minha voz se elevou, e eu me levantei, encarando-a de frente. — Vocês me expulsaram de casa! Não deram a mínima para mim, para o que eu estava passando. E agora acham que podem decidir o que é melhor para a minha filha?
Camila ficou de pé ao meu lado, como sempre, pronta para me apoiar. Ela colocou uma mão suavemente no meu ombro, como se quisesse me acalmar, mas eu sabia que ela também estava irritada.
Minha mãe não parecia abalada com minha explosão. — Lauren, você e essa... — ela olhou com desdém para Camila, como se a presença dela fosse uma afronta — não têm condições de criar essa criança. Vocês são adolescentes, sem estabilidade financeira. O que vocês vão fazer quando o bebê nascer?
Eu ia responder, mas Camila foi mais rápida. — Eu estou trabalhando. Estamos nos virando, — disse com firmeza, mas eu sabia que o orgulho dela estava ferido pela forma como minha mãe a olhava.
Clara riu com deboche. — Ah, trabalhando? Você acha que seu salário vai ser suficiente para criar um bebê, Camila? Vocês duas estão vivendo em uma fantasia. Crianças precisam de mais do que isso. Precisam de uma família estruturada.
— Nós somos uma família! — exclamei, furiosa, sentindo as lágrimas de frustração se acumularem nos meus olhos.
— Não seja ingênua, Lauren, — minha mãe respondeu friamente. — Eu e seu pai estamos nos oferecendo para ficar com a guarda do bebê. Vocês podem seguir com suas vidas sem essa responsabilidade, e nós cuidaremos do seu filho. Pense nisso como uma solução para o que vocês não conseguem resolver sozinhas.
Camila apertou meu ombro com mais força, tentando me manter calma, mas eu estava à beira de explodir. Como ela ousava sugerir isso? Depois de tudo que passamos, depois de todo o esforço de Camila?
— Saia daqui, — eu disse entre dentes, minha voz baixa e controlada, mas cheia de raiva. — Você não tem o direito de falar sobre a minha filha dessa forma. Não vamos entregar a guarda dela a vocês. Nunca.
Minha mãe me olhou por um longo momento, seus olhos brilhando com algo entre desdém e determinação.
— Isso ainda não acabou, Lauren. Pense bem antes de tomar essa decisão. Estou apenas tentando ajudar, — ela disse, se virando para ir embora, mas não sem antes lançar um último olhar frio para Camila.
Quando a porta finalmente se fechou, eu soltei o ar que estava segurando, sentindo o peso da tensão no ar. Camila me abraçou imediatamente, e eu deixei que as lágrimas silenciosas descessem.
— Ela não vai tirar nossa filha de nós, — sussurrei, com a voz embargada.
Camila me apertou mais forte. — Não vai mesmo. Vamos lutar juntas.
Até!
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Laços Inesperados
FanfictionCamila e Lauren, duas adolescentes de 16 anos, navegavam pelos dramas típicos do ensino médio, até que um acontecimento inesperado transformou suas vidas para sempre: uma gravidez não planejada. Entre as incertezas do futuro e a pressão de manter su...