Decisões

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Fala, pessoal! 

Como prometido, estou de volta! 

Não se esqueçam de comentar!

Lauren's Pov

Nas últimas semanas, as coisas entre Camila e eu pareciam finalmente ter voltado ao normal. As sessões de terapia estavam ajudando, e eu senti que estávamos nos ouvindo de verdade pela primeira vez em meses. Voltei a trabalhar meio período, e Camila, para minha surpresa, estava lidando bem com isso. Ela parecia mais compreensiva, mais aberta à ideia de que eu queria contribuir financeiramente para nossa família sem que isso significasse um distanciamento.

Nossa rotina estava fluindo bem. Karla, sempre cheia de energia, começava a me lembrar muito de Camila, especialmente na teimosia. Camila estava orgulhosa da nova fase da nossa filha, e isso trouxe um brilho ao olhar dela que eu não via há algum tempo.

Mas a calmaria não duraria para sempre. Um mês depois, recebi uma proposta irrecusável na empresa. Era uma promoção significativa, uma oportunidade de crescer ainda mais e conquistar um espaço importante na companhia. Quando li o e-mail, meu coração disparou de excitação. Mas ao mesmo tempo, senti um peso enorme se formar no meu peito.

Aceitar essa proposta significava trabalhar em tempo integral. Significava mais reuniões, mais prazos, mais viagens. Eu sabia que isso poderia reacender todas as inseguranças de Camila e, honestamente, isso me aterrorizava. Sentei-me em frente ao computador, encarando o e-mail com a oferta por vários minutos, sem saber o que fazer. Por um lado, essa era a chance de ouro que eu sempre sonhei. Por outro, estava com medo de que Camila visse isso como mais uma ameaça à nossa relação.

Respirei fundo. Sabia que precisava conversar com ela, mas como trazer isso à tona sem desencadear outra briga?

Camila's Pov

Eu estava no bar com Dinah, algo que não fazíamos há muito tempo. Fazia falta ter esses momentos de descontração com a minha melhor amiga. A vida adulta, com trabalho, família e responsabilidades, às vezes engolia esses momentos, e eu nem percebia o quanto sentia falta de rir e conversar com alguém que sempre esteve ao meu lado.

Dinah me perguntou sobre Karla, e eu sorri. Não havia nada que eu gostasse mais do que falar sobre nossa filha.

— Ela agora inventou que quer jogar futebol na escola. Você acredita? — disse, rindo. — Tive que comprar todo o material, chuteiras, uniformes, e ela está super empolgada. Já fico imaginando quantos jogos vou ter que assistir!

— Você vai ser aquela mãe que grita da arquibancada? — Dinah brincou, fazendo um gesto exagerado como se estivesse torcendo.

— Definitivamente! Karla vai precisar se preparar para os micos, — respondi, rindo.

Conversar com Dinah me fazia bem. Ela sempre soube como me fazer relaxar, e as coisas pareciam fáceis quando estávamos juntas. Depois de mais algumas risadas e histórias sobre a pequena Karla, Dinah olhou para mim com aquele olhar sério e direto que só ela conseguia fazer.

— E aí, como estão as coisas com a Lauren?

Eu suspirei e dei de ombros.

— Estamos bem, — respondi. — A terapia tem ajudado, e Lauren tem se esforçado muito. Ela voltou a trabalhar meio período, e estamos conseguindo manter o equilíbrio... por enquanto.

— Isso é bom, — Dinah assentiu, mas eu sabia que ela estava esperando mais. — E quando você vai tomar vergonha na cara e pedir essa mulher em casamento?

Eu soltei uma risada curta, sem graça, mas no fundo, a pergunta de Dinah mexeu comigo. Eu sabia que esse momento eventualmente chegaria, e já pensava nisso há um bom tempo. Lauren e eu estávamos juntas há seis anos, tínhamos uma filha maravilhosa e, apesar dos altos e baixos, construímos uma vida sólida juntas.

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