Na manhã seguinte, Macris acordou pensativa, ainda com as lembranças da conversa intensa com Martyna da noite anterior ecoando em sua mente. Tentou afastar aqueles pensamentos, mas a ideia de conseguir ajuda da própria Lukasik para enfrentar Roberta parecia mais irresistível a cada minuto.
Decidida, caminhou até o quarto de Carol e, sem cerimônia, abriu a porta, encontrando a amiga ainda afundada nos cobertores.
— Acorda, Carol. Precisamos da Marty do nosso lado. Ela vai ter que ajudar a gente — Macris falou, sua voz firme e urgente.
Carol, ainda meio sonolenta, sentou-se na cama, piscando lentamente enquanto tentava entender o que Macris estava dizendo.
— Hã? Ajudar? — murmurou, esfregando os olhos e tentando se situar.
— Nós vamos jogar o jogo da Roberta — explicou Macris, cheia de determinação. — E a Lukasik vai ser a nossa aliada nessa. Ela sabe mais do que aparenta e pode ser nossa chave pra escapar.
Carol respirou fundo, absorvendo a ideia com um pouco mais de clareza agora. Ela se levantou devagar e, balançando a cabeça, disse:
— Tá, tá… Deixa eu lavar o rosto primeiro, aí a gente conversa — falou, caminhando em direção ao banheiro no quarto, mas Macris a seguiu, ansiosa para continuar a conversa.
Carol virou-se, lançando a Macris um olhar meio exasperado, mas logo abriu um sorriso com a lembrança da noite passada.
— Sabe, fiquei até umas quatro da manhã conversando com a Gattaz — disse ela, e sua voz suavizou, ganhando um toque mais sonhador. — Que mulher… Ela é incrível, Macris. Forte, segura, sabe exatamente o que quer. Mas também tem um jeito tão… envolvente. Cada vez que ela me olhava daquele jeito, era como se tudo ao redor sumisse. E a forma como ela fala, como ela me entende… é um misto de carinho e desejo que me deixa totalmente sem chão.
Macris riu levemente, vendo o brilho nos olhos da amiga.
— Parece que alguém está encantada — provocou.
Carol deu de ombros, mas não conseguiu esconder o sorriso que surgia em seus lábios.
— Eu acho que estou, sim. Só de lembrar dela… eu sinto uma coisa aqui, sabe? — Carol colocou a mão sobre o peito, suspirando de leve. — Ela é muito mais do que qualquer mulher que eu já conheci.
Macris não resistiu e revirou os olhos, rindo de leve.
— Ah, claro, Carol. Isso que você tá sentindo? Parece mais uma ânsia de vômito — brincou, provocando a amiga.
Carol fez uma careta, mas logo riu, lançando uma toalha na direção de Macris.
— Engraçadinha você — Carol respondeu, sacudindo a cabeça. — Se fosse só isso, eu já teria resolvido faz tempo. Mas, sério, ela mexe comigo de um jeito…
— Tá bom, tá bom! — Macris interrompeu, ainda rindo. — Vamos focar aqui. Voltando ao assunto da nossa grande aliada: a Martyna.
Carol suspirou, mais séria agora, enquanto enxugava o rosto.
— Certo. Mas por que você acha que ela toparia ajudar? A Marty tem uma lealdade meio… complexa com a Roberta. E, apesar de tudo, dá pra ver que elas têm um certo respeito uma pela outra.
Macris assentiu, já esperava essa pergunta.
— Eu sei, mas ela também tem seus próprios motivos. Ela mesma já me contou algumas coisas que me fazem acreditar que a lealdade dela com a Roberta não é inabalável. Martyna foi resgatada por ela, mas, pelo que entendi, ela não queria estar nesse mundo pra sempre. Ela quer sair — Macris explicou, sua expressão determinada.
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Deadly Obsession
FanfictionRoberta Ratzke é uma das criminosas mais poderosas das Américas, conhecida por comandar o maior cassino do mundo. Seu maior trunfo é o anonimato; ninguém sabe quem ela realmente é, o que facilita sua movimentação entre países como Estados Unidos, Ca...