Naquela noite, Roberta estava radiante. Conversava com Macris sobre o nome da bebê, trocando sorrisos e carinho em um raro momento de completa serenidade. Estavam envolvidas em um diálogo íntimo e cheio de ternura.
— E se fosse Antonella, amor? — Macris sugeriu, deslizando a mão pela de Roberta. — É um nome forte, como você.
Roberta sorriu, tocando o rosto de Macris com suavidade.
— Antonella... gostei. Mas e você, acha que nossa pequena combina com esse nome?
Macris riu, olhando-a com ternura.
— Com uma mãe como você? Vai combinar com qualquer nome, porque ela já é a nossa pequena guerreira.
Roberta a puxou para um abraço apertado, transbordando felicidade. Parecia que nada poderia estragar aquele momento. Mas, no meio do abraço, o celular de Roberta vibrou sobre a mesa de cabeceira. A tela acendeu, e Macris, em um reflexo natural, virou o rosto para ver a notificação, mas Roberta rapidamente pegou o celular.
— Me dá isso! — Roberta falou, o tom calmo e afetuoso de antes sendo substituído por uma firmeza repentina, quase fria.
Macris, surpresa, levantou as mãos como quem se rende.
— Mas... eu só ia...
— Mas nada — Roberta a interrompeu de forma ríspida, os olhos evitavam o olhar de Macris, algo que a deixava intrigada. — Amanhã a gente conversa... pode sair do meu quarto, por favor?
A felicidade de antes parecia ter evaporado, e Macris ficou ali, parada, tentando entender o que havia acontecido.
Macris hesitou por um momento, mas a súbita mudança de humor de Roberta a deixou intrigada. Ela se aproximou novamente, cruzando os braços e observando Roberta de perto.
— Roberta, quem é Giovanna? — perguntou, tentando controlar a tensão na voz, mas não conseguiu disfarçar o tom de preocupação que surgia.
Roberta não respondeu de imediato. Ela olhou para o lado, apertando o celular entre os dedos e respirando fundo, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas.
— É só uma pessoa do trabalho, Macris. Nada com que você precise se preocupar — respondeu, de forma seca, tentando encerrar o assunto ali.
Macris franziu o cenho, não satisfeita com a resposta.
— Se não é nada, então por que você mudou de assunto tão rápido? E por que me mandou sair do quarto? — insistiu, dando um passo em direção a Roberta, os olhos fixos nela, buscando alguma verdade.
Roberta fechou os olhos por um instante, como se estivesse perdendo a paciência.
— Porque nem tudo precisa ser explicado, Macris! Eu já disse que amanhã conversamos. Confia em mim, tá? Só… sai do quarto, por favor — disse, tentando manter o controle.
Macris suspirou, visivelmente magoada, mas, em silêncio, deu meia-volta e saiu do quarto. Ela não conseguia parar de pensar naquilo, e o nome "Giovanna" ecoava na sua mente.
Enquanto caminhava pelo corredor da mansão, Anne parou ao ver Macris encostada na parede, cabeça baixa, com as mãos trêmulas segurando a barriga. Anne franziu a testa, preocupada, e se aproximou devagar.
— Ei, Macris... você tá bem? — perguntou com uma suavidade que não costumava usar com frequência, abaixando-se um pouco para conseguir ver o rosto da amiga.
Macris levantou o olhar para Anne, e, sem conseguir se controlar, as lágrimas começaram a escorrer pelo rosto. Ela tentou dizer algo, mas a voz falhou, e então o choro veio com força, como se não conseguisse mais segurar toda aquela tristeza.
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Deadly Obsession
FanfictionRoberta Ratzke é uma das criminosas mais poderosas das Américas, conhecida por comandar o maior cassino do mundo. Seu maior trunfo é o anonimato; ninguém sabe quem ela realmente é, o que facilita sua movimentação entre países como Estados Unidos, Ca...