Chapter Twenty-Four

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Naquela noite, Roberta estava radiante. Conversava com Macris sobre o nome da bebê, trocando sorrisos e carinho em um raro momento de completa serenidade. Estavam envolvidas em um diálogo íntimo e cheio de ternura.

— E se fosse Antonella, amor? — Macris sugeriu, deslizando a mão pela de Roberta. — É um nome forte, como você.

Roberta sorriu, tocando o rosto de Macris com suavidade.

— Antonella... gostei. Mas e você, acha que nossa pequena combina com esse nome?

Macris riu, olhando-a com ternura.

— Com uma mãe como você? Vai combinar com qualquer nome, porque ela já é a nossa pequena guerreira.

Roberta a puxou para um abraço apertado, transbordando felicidade. Parecia que nada poderia estragar aquele momento. Mas, no meio do abraço, o celular de Roberta vibrou sobre a mesa de cabeceira. A tela acendeu, e Macris, em um reflexo natural, virou o rosto para ver a notificação, mas Roberta rapidamente pegou o celular.

— Me dá isso! — Roberta falou, o tom calmo e afetuoso de antes sendo substituído por uma firmeza repentina, quase fria.

Macris, surpresa, levantou as mãos como quem se rende.

— Mas... eu só ia...

— Mas nada — Roberta a interrompeu de forma ríspida, os olhos evitavam o olhar de Macris, algo que a deixava intrigada. — Amanhã a gente conversa... pode sair do meu quarto, por favor?

A felicidade de antes parecia ter evaporado, e Macris ficou ali, parada, tentando entender o que havia acontecido.

Macris hesitou por um momento, mas a súbita mudança de humor de Roberta a deixou intrigada. Ela se aproximou novamente, cruzando os braços e observando Roberta de perto.

— Roberta, quem é Giovanna? — perguntou, tentando controlar a tensão na voz, mas não conseguiu disfarçar o tom de preocupação que surgia.

Roberta não respondeu de imediato. Ela olhou para o lado, apertando o celular entre os dedos e respirando fundo, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas.

— É só uma pessoa do trabalho, Macris. Nada com que você precise se preocupar — respondeu, de forma seca, tentando encerrar o assunto ali.

Macris franziu o cenho, não satisfeita com a resposta.

— Se não é nada, então por que você mudou de assunto tão rápido? E por que me mandou sair do quarto? — insistiu, dando um passo em direção a Roberta, os olhos fixos nela, buscando alguma verdade.

Roberta fechou os olhos por um instante, como se estivesse perdendo a paciência.

— Porque nem tudo precisa ser explicado, Macris! Eu já disse que amanhã conversamos. Confia em mim, tá? Só… sai do quarto, por favor — disse, tentando manter o controle.

Macris suspirou, visivelmente magoada, mas, em silêncio, deu meia-volta e saiu do quarto. Ela não conseguia parar de pensar naquilo, e o nome "Giovanna" ecoava na sua mente.

Enquanto caminhava pelo corredor da mansão, Anne parou ao ver Macris encostada na parede, cabeça baixa, com as mãos trêmulas segurando a barriga. Anne franziu a testa, preocupada, e se aproximou devagar.

— Ei, Macris... você tá bem? — perguntou com uma suavidade que não costumava usar com frequência, abaixando-se um pouco para conseguir ver o rosto da amiga.

Macris levantou o olhar para Anne, e, sem conseguir se controlar, as lágrimas começaram a escorrer pelo rosto. Ela tentou dizer algo, mas a voz falhou, e então o choro veio com força, como se não conseguisse mais segurar toda aquela tristeza.

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