Chapter Thirteen

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Três dias se passaram desde a última vez que Macris havia pisado na mansão. Roberta, impaciente, estava plantada na sala, esperando por qualquer sinal de sua chegada. Era madrugada, e Roberta sequer havia pregado o olho. Quando finalmente ouviu o som da porta sendo aberta, ergueu-se imediatamente e foi ao encontro de Macris, que entrava sem pressa, como se não estivesse desaparecida há dias.

— Onde você estava? — Roberta perguntou, sem rodeios, aproximando-se dela com o semblante carregado.

Macris apenas arqueou uma sobrancelha, o desdém evidente em sua expressão.

— Boa noite pra você também, Roberta... e não te interessa onde eu estava — respondeu com frieza, desviando o olhar e seguindo direto para o corredor que levava aos quartos.

A reação indiferente de Macris inflamou a impaciência de Roberta, que avançou a passos largos em sua direção, o tom de voz mais elevado e firme.

— Você sumiu por três dias! Tá pensando que isso aqui é zona, caralho?

Macris parou no meio da escada, virou-se lentamente, e um sorriso ácido tomou seu rosto.

— Ué, não foi você que sempre me tratou como uma puta? — rebateu, a voz carregada de sarcasmo, enquanto subia mais alguns degraus, deixando claro o desprezo em cada palavra.

A paciência de Roberta estava se esgotando rapidamente. Em um movimento decidido, ela agarrou o braço de Macris, impedindo-a de seguir em frente.

— Vem aqui — ordenou, arrastando-a para o quarto dela mesma.

Macris tentou resistir, mas a força e determinação de Roberta eram inegáveis. Ao chegarem ao quarto, Roberta fechou a porta com força, o olhar firme cravado em Macris.

— Agora você vai me escutar — disse Roberta, aproximando-se com uma intensidade que misturava frustração e algo mais profundo, enquanto Macris, em resposta, mantinha-se desafiadora, os olhos brilhando com uma mistura de raiva e provocação.

Macris lançou um olhar de desdém para Roberta, sacudindo o braço para se livrar do aperto firme que a mantinha presa. Ela se virou, decidida a sair do quarto, como se tudo o que acabara de acontecer fosse apenas um inconveniente passageiro.

— Eu não vou ficar aqui pra ouvir sermão — declarou Macris, dando passos firmes em direção à porta.

Antes que pudesse girar a maçaneta, Roberta se moveu rapidamente, bloqueando a saída. Ela se posicionou à frente da porta, os braços cruzados, e um olhar determinado.

— Você não vai sair daqui enquanto não me disser onde esteve — afirmou Roberta, a voz baixa e incisiva, cada palavra carregada de autoridade.

Macris suspirou, revirando os olhos e dando um passo para trás.

— E se eu não quiser te dizer? — provocou, um sorriso desafiador se formando em seus lábios. — Não tenho que te dar satisfações.

Roberta se aproximou, reduzindo a distância entre elas, os olhos cravados nos de Macris com uma intensidade que a fazia estremecer, mesmo que ela tentasse disfarçar.

— Se você acha que vai sair assim, como se nada tivesse acontecido, está muito enganada — respondeu Roberta, a voz saindo quase como um sussurro perigoso.

Macris estreitou os olhos, tentando manter a postura altiva, mas a proximidade de Roberta a fazia vacilar, e ela odiava isso. Ela deu um passo para trás, mas Roberta a seguiu, não lhe dando espaço para fugir.

— Não preciso de permissões, Roberta. Eu não sou sua propriedade — disse Macris, tentando soar firme, embora a hesitação começasse a aparecer em sua voz.

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