Chapter Eighteen

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A festa continuava em seu ritmo animado quando uma mulher alta, de pele morena e expressão confiante, se aproximou de Macris. Vestida como o Dr. Facilier, o icônico vilão de A Princesa e o Sapo, a figura da mulher exalava uma aura misteriosa e um tanto perigosa.

— Como você está? — a morena perguntou, com um sorriso enigmático.

Macris deu um passo para trás, a desconfiança clara em seu olhar. A presença da mulher parecia intimidante, e suas palavras ecoavam na mente. Roberta havia deixado instruções bem claras: Macris deveria manter distância de estranhos.

— Acho que não deveria falar com você. Roberta sempre diz pra eu não falar com ninguém — Macris respondeu, tentando se afastar discretamente.

A mulher riu de leve, com um ar despreocupado que só aumentava a insegurança de Macris.

— Relaxa, a Roberta é assim mesmo... — disse, com um sorriso que deixava Macris ainda mais alerta. — Prazer, Melissa Vargas.

— Macris — respondeu, com uma voz contida, desviando o olhar enquanto procurava Roberta em meio à multidão. A ausência dela fazia Macris se sentir vulnerável, e a presença de Vargas, insistente, parecia só intensificar isso.

Vargas observou Macris com um olhar astuto, percebendo a hesitação dela, e então ergueu o copo de bebida.

— Vem, relaxa um pouquinho... — ofereceu, estendendo o copo para Macris e chamando o garçom para trazer outro. — Você precisa soltar um pouco, beber alguma coisa. Daqui a pouco, nem vai se lembrar de nada.

Ao dizer isso, ela passou a mão no rosto de Macris com uma intimidade forçada, como se quisesse cruzar uma linha invisível. O toque era desconfortável, e Macris sentiu um arrepio, um misto de indignação e inquietação, seu instinto de alerta mais aguçado do que nunca.

— Não... não gosto de beber — Macris disse, tentando afastar a mão de Vargas do rosto e controlar a expressão que entregava seu desconforto. Ela deu um passo atrás, mas Vargas manteve-se perto, sorrindo de maneira quase provocadora.

— Ah, só um gole não vai fazer mal. Olha, estamos numa festa! — Vargas insistiu, balançando o copo próximo aos lábios de Macris, que desviou o rosto.

Macris sentia o coração acelerado. A constante insistência de Vargas a fazia questionar as intenções dela, cada gesto parecia uma provocação. A mulher era habilidosa, tentando desestabilizar Macris aos poucos, sem que ela conseguisse se desvencilhar totalmente.

Macris continuava contida, mantendo a desconfiança ao máximo enquanto Vargas insistia, até que uma nova figura apareceu ao lado delas. A mulher era alta, com uma postura desafiadora e um sorriso ousado, chamando ainda mais a atenção no salão.

— E então, qual é a graça por aqui? — perguntou a recém-chegada, olhando diretamente para Macris com um ar avaliador. — Sou Karakurt, prazer em conhecer você.

Macris ficou paralisada por um instante ao ouvir o nome. Ela se lembrou imediatamente das histórias que Martyna havia compartilhado, relatos que envolviam essa mesma mulher. A menção de Karakurt sempre vinha acompanhada de um tom sombrio, e Macris não conseguia evitar a sensação de desespero que a tomava. Sua mente acelerou, lembrando-se dos detalhes obscuros que Martyna havia contado, sobre a influência e a frieza que a mulher exibia em cada interação.

— Macris, você está bem? — perguntou Vargas, percebendo a mudança repentina no rosto dela, enquanto Karakurt continuava a observá-la com aquele sorriso enigmático, os olhos avaliando cada reação de Macris.

— Ah... Eu... Eu estou bem, sim — Macris respondeu, tentando manter a calma, mas sua voz falhou ligeiramente. Ela queria sair dali, encontrar Roberta o mais rápido possível, mas parecia estar presa entre as duas.

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