Chapter Twelve

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Roberta chegou da mansão, seu coração pulsando com uma mistura de indignação e raiva. A primeira pessoa que procurou foi Macris, mas, para sua surpresa, a jovem não estava em casa, como havia dito no cassino. Isso só aumentou sua frustração. Sabia que Macris não era do tipo que se desviava de suas obrigações, e a suspeita de que algo estava acontecendo a deixou ainda mais furiosa. Sem pensar duas vezes, Roberta se dirigiu ao quarto de Martyna, determinada a encontrar respostas.

— Cadê ela? — Roberta perguntou, abrindo brutalmente a porta do quarto de Martyna, quase arrancando-a das dobradiças. Ela começou a revirar tudo, abrindo o guarda-roupa e jogando as roupas no chão em um acesso de fúria.

Martyna, que estava sentada na cama mexendo no notebook, ergueu os olhos, surpresa.

— Ela quem? O que você está fazendo com o meu quarto? — indagou Lukasik, a indignação evidente na voz.

Roberta se virou para ela, a raiva emanando de cada poro.

— Cadê a Macris? — a pergunta saiu como um rosnado, carregada de tensão.

O olhar de Martyna se iluminou com um riso nervoso, mas ela rapidamente se levantou, tentando manter a compostura.

— Bom, ela não está aqui. A última vez que eu vi a Macris foi pela manhã, antes de ela ir ao cassino te encontrar — respondeu, com uma calma que apenas irritou mais Roberta.

Com a mente fervilhando, Roberta deixou o quarto de Martyna e se dirigiu ao quarto de Carol. A porta estava entreaberta, e ela não hesitou em empurrá-la.

— Carol! — Roberta exclamou, quase gritando. — Você viu a Macris?

Carol levantou a cabeça, surpresa com a entrada abrupta de Roberta.

— O que está acontecendo? — ela perguntou, um tom de preocupação na voz. — Por que você está tão agitada?

— Apenas me diga se viu a Macris! — Roberta exigiu, a fúria em seus olhos se intensificando.

— Não, não a vi — respondeu Carol, confusa. — Ela não estava com você?

Roberta deixou o quarto, insatisfeita com a resposta. O desespero começava a tomar conta dela. Se Macris não estava com Carol, onde poderia estar?

Determinada, Roberta decidiu procurar em todos os cômodos da mansão, abrindo portas de forma quase frenética, mas Macris parecia ter desaparecido. Com cada sala que verificava, sua indignação crescia. Afinal, como alguém poderia sumir assim, sem dar explicações?

Finalmente, ela se rendeu e decidiu ficar na sala, esperando que Macris voltasse. Enquanto se acomodava no sofá, sua mente começou a divagar. Um pensamento a assaltou: como Macris se parecia com ela nos primeiros dias de sua vida no crime. Ambas eram teimosas, impulsivas e tinham um jeito indomável que a fazia sentir uma conexão especial. Mas agora, essa conexão era uma fonte de frustração e ciúmes. A pergunta que a atormentava era se Macris estava se distanciando ou se metendo em encrenca. Com um olhar feroz, Roberta aguardou a chegada de Macris, ciente de que, quando ela voltasse, teriam uma conversa que poderia mudar tudo entre elas.

(Flashback on - POV Roberta)

Naquela manhã, eu, Roberta, sabia que minha expressão já carregava uma frieza quase sobrenatural. Era o enterro de meu pai, Roberto Ratzke, um homem que sempre havia sido temido, respeitado e, até certo ponto, admirado por sua crueldade e astúcia. Agora, com sua morte, o império criminoso que ele construiu estava prestes a mudar de mãos.

Nunca me importei realmente com esse legado. Sempre fui fria, é verdade, mas nunca fiz questão de abraçar esse mundo de violência e poder. Preferia os luxos que ele trazia, o dinheiro fácil e as regalias. Porém, ao perceber o quão perto eu estava de me tornar a sucessora de um império multimilionário, a ganância começou a fazer seu trabalho. A ideia de poder absoluto, de ver todos sob meu comando, de ver suas expressões temerosas ao cruzarem comigo, começou a parecer atraente. Foi um pensamento que se enraizou, e, a partir daquele ponto, já não tinha mais volta.

Deadly ObsessionOnde histórias criam vida. Descubra agora