O tão esperado dia da festa de Halloween finalmente chegou. Desta vez, a ideia não havia partido de Roberta, mas sim de Macris e Carol, que estavam decididas a ter uma noite divertida e cheia de vida.
— Poxaa, por favor, Berta — implorou Macris, fazendo beicinho. — A gente só vive trancada aqui dentro... A Carol quer beijar, beber, transar, ver gente. A coitada tá entrando no cio já... E antes que você fale alguma coisa, ela só não fica com a Anne porque não vale a pena.
Roberta respirou fundo, já se preparando para argumentar.
— Macris, falta uma semana pro Halloween, você acha que é tão simples assim? Precisa de...
— Você fez dois sequestros em quatro dias e ainda organizou uma festa, então sim, você tem tempo pra isso — interrompeu Macris, sorrindo travessa enquanto se sentava no colo de Roberta.
Roberta suspirou, vencida pela insistência e pelos olhares quase suplicantes de Macris.
— Tá bom, tá bom... Vou pensar — cedeu, relutante. — Mas qualquer deslize de vocês duas, a festa acaba! — advertiu, mas Macris apenas riu e lhe deu um beijo na bochecha.
Com o tempo, o que era apenas um plano simples se tornou um grandioso baile de Halloween, que receberia cerca de 2.400 convidados. Quando o evento finalmente começou, Roberta estava uma pilha de nervos, andando de um lado para o outro com uma prancheta, verificando cada mínimo detalhe.
Plak, Rosa, Martyna e Anne estavam ajudando, embora fosse óbvio que Roberta estava no comando, visivelmente mais estressada do que de costume.
— É ainda pior quando não é ela quem organiza a festa — resmungou Plak, observando Roberta andar com pressa de um canto a outro.
— Só eu que acho que a Macris mudou a general? — Rosa comentou, arqueando as sobrancelhas enquanto olhava para Roberta.
Roberta ouviu o comentário de Rosa e, com uma expressão ainda mais irritada, aproximou-se rapidamente.
— Rosa, pelo amor de Deus, eu pedi pra você verificar o bar, e não ficar fofocando! A gente tem que garantir que todas as bebidas estejam devidamente organizadas, ou isso aqui vai virar um caos! — ralhou Roberta, mal-humorada.
Rosa ergueu as mãos, num gesto de rendição, e saiu em direção ao bar para continuar o trabalho. Assim que se virou, Roberta encontrou Martyna organizando as abóboras decorativas.
— Martyna, quantas vezes eu já falei que essas abóboras precisam estar perfeitamente alinhadas? Não dá pra fazer nada direito? — reclamou Roberta, sem esconder a impaciência.
— Já estou ajeitando, Roberta. Relaxa um pouco... — Martyna respondeu, tentando manter a calma, mas claramente exausta.
— Relaxe? — Roberta bufou. — Ninguém aqui entende que uma festa bem organizada depende de detalhes. Se uma abóbora estiver torta, isso vira uma bagunça!
Roberta estava prestes a encontrar outro "defeito" para corrigir quando ouviu o som dos passos de Macris descendo as escadas, pronta para intervir.
— Por que elas estão trabalhando nisso? — Macris questionou, cruzando os braços e encarando Roberta. — Você tem empregados para isso. Elas também merecem descansar, trabalham pra você a semana toda.
Roberta franziu a testa, já se preparando para contra-argumentar.
— Mas, Macris, você não entende que...
— Nem quero entender! — Macris cortou, firme, mas com um sorriso desafiador. — Elas não trabalham mais nisso. E se você não gostar, me prenda por isso.
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Deadly Obsession
FanfictionRoberta Ratzke é uma das criminosas mais poderosas das Américas, conhecida por comandar o maior cassino do mundo. Seu maior trunfo é o anonimato; ninguém sabe quem ela realmente é, o que facilita sua movimentação entre países como Estados Unidos, Ca...