Deadly Obsession

Chapter Ten

O restante da manhã na piscina havia se transformado em um jogo tenso de provocações. Para Macris, fingir qualquer sentimento por Roberta sempre fora uma tarefa desgastante, mas, naquela manhã, a dificuldade havia triplicado. Ela estava cansada de ser forçada a estar ali constantemente, mas, estranhamente, sentia que uma nova motivação começava a surgir, algo que a fazia manter-se nesse teatro. E essa motivação, para sua surpresa, vinha dos olhares discretos — ou nem tanto — de Martyna Lukasik.

Ao longo da manhã, Macris sentia olhares deslizando por seu corpo enquanto se movimentava na piscina. No início, pensou que fosse apenas Roberta, como sempre, e ignorou. Mas ao notar que os olhares eram mais longos e discretos, começou a perceber que a atenção era de Martyna.

Desde o começo, sua amizade com Lukasik fora marcada por flertes sutis. Olhares rápidos, um toque intencional ali e aqui, mas sempre sob a superfície, sem nunca evoluir para algo mais direto. Talvez por receio, talvez por falta de oportunidade. Mas agora, sentindo os olhos de Martyna sobre ela, Macris viu uma chance de usar isso a seu favor — e não desperdiçaria a oportunidade de provocar.

Macris saiu da piscina, o corpo molhado refletindo o brilho do sol, e caminhou em direção a Roberta, que estava sentada à beira, observando-a com aquele olhar possessivo de sempre. Macris lançou um olhar provocador para Roberta, mas, em vez de parar ao lado dela, passou direto e sentou-se bem próxima de Lukasik, deixando que as gotas de água deslizassem lentamente por sua pele.

— Está com calor, Martyna? — Macris perguntou, um sorriso de canto nos lábios. Ela sabia exatamente o que estava fazendo, e sabia que a proximidade entre elas deixaria Roberta ainda mais incomodada.

Martyna tentou disfarçar a surpresa, mas a tensão no ar era visível. — Talvez um pouco — respondeu, olhando rapidamente para Roberta, que agora estreitava os olhos.

Macris inclinou-se mais, deixando que os fios molhados de seu cabelo escorressem pelo ombro e tocassem o braço de Martyna. — Se precisar de ajuda para refrescar, é só dizer — ela disse, com um tom casual, mas suficientemente provocativo para despertar o ciúme de Roberta.

— Macris — Roberta chamou, a voz carregada de uma ameaça velada. — Acho que a sua cadeira está aqui. — Ela indicou o lugar ao lado dela, claramente incomodada.

Macris apenas sorriu e lançou um olhar divertido para Roberta. — Ora, Roberta, não se preocupe. Estou apenas conversando com uma amiga. Afinal, você não é do tipo ciumenta... ou é?

Lukasik soltou um riso curto, notando o clima tenso entre as duas. — Sabe, Macris, talvez você esteja se divertindo demais aqui. Cuidado para não exagerar.

Macris ergueu uma sobrancelha, fingindo inocência. — Exagerar? Estou só aproveitando a companhia, Martyna. Nada mais — disse, sabendo que essas palavras, ditas de forma tão provocativa, trariam uma dose tripla de ciúme e raiva a Roberta.

Ela sentia que a provocação tinha o efeito desejado, enquanto Roberta parecia tentar conter o desagrado, os olhos firmemente fixos em Macris e Martyna.

Quando Roberta percebeu o quanto Macris estava se esbaldando em provocar, algo se acendeu dentro dela — e não era uma chama paciente. Com um movimento firme, ela estendeu a mão, agarrando o braço de Macris para trazê-la ao lugar ao seu lado, onde havia indicado antes. Mas, no instante em que Macris estava prestes a ceder ao puxão, Carol rapidamente se moveu e tomou o lugar.

— Olha só, acho que cheguei na hora certa! — disse Carol, jogando-se na cadeira com um sorriso provocativo, consciente de que estava desafiando Roberta.

Roberta congelou por um instante, surpresa, e sua expressão tornou-se uma máscara de irritação controlada. Ela olhou de Carol para Macris e de volta para Carol, o que só serviu para reforçar a tensão no ar.