1 mês depois...
Macris agora se via enredada em um verdadeiro triângulo amoroso, onde cada escolha a puxava para lados opostos. Ela não podia negar o fascínio que Roberta exercia sobre ela — uma força irresistível, como um campo magnético. A presença de Roberta era avassaladora; sua sensualidade natural, confiante e possessiva a atraía mais do que gostaria de admitir. Havia algo no jeito que Roberta parecia reivindicá-la, como se Macris fosse uma extensão de si mesma, que a fazia perder o chão. Sentir-se desejada de uma forma tão intensa era uma sensação viciante.
Por outro lado, havia Martyna. Lukasik era uma brisa leve, uma presença delicada que contrastava completamente com Roberta. Com ela, Macris podia explorar um tipo diferente de conexão, algo que parecia menos uma reivindicação e mais um convite sutil. E, sabendo que Roberta não sabia — e que não poderia descobrir —, cada toque de Martyna, cada encontro às escondidas, só tornava tudo mais tentador. Havia emoção no segredo, na adrenalina de viver dois mundos opostos e igualmente cativantes.
Naquela tarde, Macris estava inquieta, vagando pelo cassino. A tensão parecia acompanhá-la aonde quer que fosse, e ela sentia uma necessidade crescente de ver Roberta. Decidiu procurá-la no escritório, e, ao abrir a porta, foi surpreendida por uma cena que a fez parar no mesmo instante. Roberta estava ao lado de outra mulher, inclinada para ela, trocando um beijo. A mão de Roberta repousava de maneira íntima no braço da mulher, e havia um sorriso trocado entre elas que parecia cúmplice.
Um nó de ciúme surgiu no estômago de Macris, embora tentasse disfarçar o desconforto. Era difícil fingir indiferença, mas Macris sabia dissimular bem.
Roberta percebeu a presença dela imediatamente, interrompendo o beijo e erguendo o olhar. Um sorriso malicioso surgiu em seus lábios, claramente gostando da situação.
— Ah, Macris. Veio resolver algo importante? — perguntou, mantendo a mão no braço da outra mulher, o toque ali mais um símbolo de desafio do que de afeto.
Macris cruzou os braços, tentando manter a expressão neutra, embora o olhar carregasse uma mistura de incômodo e provocação.
— Não sabia que tinha companhia, Roberta. Posso voltar mais tarde... se você estiver tão ocupada assim — disse, com um tom seco, mas que sugeria algo mais profundo.
Roberta soltou uma risada baixa, sem desviar o olhar, ainda mantendo a proximidade da outra mulher, claramente se divertindo.
— Quem sabe... — murmurou, sem se preocupar em disfarçar a provocação. — A propósito, Macris, achei que você estivesse ocupada com outras distrações ultimamente — completou, numa menção sutil a Martyna, mas com o foco totalmente em Macris.
A insinuação fez com que Macris arqueasse uma sobrancelha, sua postura endurecendo. Se Roberta estava testando seus limites, ela também podia jogar.
— Não me faça perder meu tempo, Roberta. Se há algo que queira discutir, faça agora — respondeu Macris, sustentando o olhar, sua voz afiada, deixando claro que não recuaria.
Por um instante, o sorriso de Roberta desapareceu, substituído por uma expressão de curiosidade e talvez até um toque de desdém, como se avaliasse até onde poderia levar aquela provocação.
Roberta manteve o olhar fixo em Macris, os olhos semicerrados, claramente avaliando o efeito de suas provocações. Ela inclinou-se levemente para a frente, a expressão carregada de uma curiosidade quase desafiadora.
— Então, Macris — começou Roberta, sua voz levemente afiada. — Que tipo de “amizade” você tem com a Lukasik? — A pergunta soou casual, mas havia um tom de suspeita. Era como se Roberta estivesse testando até onde Macris conseguiria manter a fachada.
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Deadly Obsession
FanficRoberta Ratzke é uma das criminosas mais poderosas das Américas, conhecida por comandar o maior cassino do mundo. Seu maior trunfo é o anonimato; ninguém sabe quem ela realmente é, o que facilita sua movimentação entre países como Estados Unidos, Ca...