capítulo 21: ciúmes

24 3 0
                                    

Lancei mais cedo.
" Nossa, como que foi a prova ? "
Pfvr, nn sufoque a artista 🖐🏾

Aproveitem ❤️

_______________________________________________________

A mulher era mais alta que eu, quase da altura de Dominique, ela me olhava e em seu olhar tinha o que parecia ser raiva. Ela era linda, parecia uma modelo... automaticamente começo a me comparar.

- você deve ser a nova submissa dela, certo ? Você é tão...- ela faz uma pausa, como se procurasse alguma palavra - interessante. Sabe, eu e sua mestre gostávamos muito desses eventos...nos divertiamos muito em algumas dessas salas.

Ela vira o olhar para Dominique, o que fez meu sangue ferver porque ela tinha um maldito olhar malicioso por baixo de sua máscara. Será que o desgraçado do seu acompanhante não liga para esse jeito dela não ?

- esta sala está vazia agora - Dominique fala com desdém pra moça - vamos voltar pra nossa mesa ? Podemos pegar nossas coisas e voltar pra casa, este lugar se tornou desinteressante.
- mas já ? Não acredito que você vai embora tão cedo Dommie !

É impressão minha ou essa desgraçada acabou de chamar minha namorada por um apelido !?

- sai da minha frente, Hana. Você não tem um pingo de respeito ? Eu namoro porra, e nem se estivesse solteira eu iria querer esse tipo de brincadeira, principalmente com você !
-  a sua namorada é ela ? - fala apontando para mim, sem olhar na minha direção - não ligue pra isso, eu só estou brincando. Sabe, você perdeu seu senso de humor nesses anos que ficamos afastadas.

- ô sua vagabunda, não tá vendo eu aqui não !? - grito, fazendo o olhar dos três se voltarem para mim.
- está com raiva, meu anjo ? - ela diz de forma inocente.
- não, só estou te botando no seu lugar !
- calma, vamos embora - Dominique fala, segurando na minha cintura - não se estresse com ela, é isso que ela quer.
- vai acalmar essa ferinha, Dominique ? Cuidado, que ela pode te morder - a tal Hana fala, debochando.
- sua vadi - sou interrompida.
- Vamos, agora. - Dominique fala antes de me puxar, a mulher que provocou tudo isso tinha um sorriso no rosto.

Ela foi me guiando contra a minha vontade pelos corredores até o salão principal, onde tinha a saída, lá eu finalmente consegui me soltar de seu braço.

- eu não quero ir ! - elevo a minha voz, o que faz atrair alguns olhares para nós, mas Dominique os faz seguir seus caminhos sem se importar com o que tá acontecendo.
- mas vamos. - ela fala, com sua tranquilidade de sempre.
- mas eu não quero. Aquela vadia...por que não ficamos lá ?
- porque você ia voar na cara dela. Pro carro, agora. - ela pega na minha mão, mas eu recuo.
- eu não vou até aquela cretina receber o que merece. - cruzo meus braços, ela respira fundo.
- e atrair atenção pra você ? Acha isso uma boa ideia ? Se você fizesse mais alguma coisa ela te procuraria até no inferno. Vamos.pro.carro...ou eu te arrasto até ele !
- já disse que não vou !

Ela não fala mais nada, somente me pega no colo meio que estilo noiva e me coloca pra fora, eu me debato mas não adianta nada.

- pare de agir como uma criança - ela diz, enquanto vai na direção do seu carro - isso é uma ordem.

Quando achamos ela me coloca no chão e abre a porta do passageiro, esperando que eu entre mas o que eu faço é só cruzar os braços e olhar pra ela com uma cara furiosa.

- Charlie, Per l'amor di Dio...- ela mexe no cabelo, estressada - pare com esse ciúmes, ela só estava provocando ira em você, não percebe ?
- eu não tô com ciúmes ! E ela não me deixou com raiva !
- claro...- ela respira fundo - vamos pra casa, não aguento mais essa festa. Podemos assistir aqueles filmes que você gosta e...eu faço aquele doce que você ama...

Continuo da mesma forma.
- eu tentei ser legal, mas você não tá colaborando.

Ela me pega e me coloca dentro do carro, fechando a porta com muita força, depois ela vai direto pro banco do motorista, liga o carro e acelera.

A viagem foi toda em silêncio. Eu olhava pela janela a paisagem passando rapidamente, as vezes olhava na sua direção e notava que ela realmente estava com raiva, tinha se passado uns minutos e já estávamos na porta de sua casa.

- Amore mio, vamos entrar logo, a noite está fria e não quero que fique resfriada.
- quanto tempo vocês namoraram ? - falo, direta e ela me olha confusa, mas depois ela cede, provavelmente percebeu o que estava acontecendo comigo.
- um ano e meio, terminei com ela porque sentia que não estava funcionando mais a nossa relação.

Me viro e fico calada. Se não deu certo com ela, porque daria certo comigo ? Ela era linda e tenho certeza que ela não precisava esconder o relacionamento da família, claramente tem mais experiência que eu...droga de auto comparação...

- olha pra mim, amore mio. - tinha ternura em sua voz - eu sei que está se comparando.
- eu não estou me comparando, só...me deixa em paz.
- não vou a lugar nenhum, não sem você - ela fala, tentando segurar a minha mão, mas eu afasto - eu te amo, e não desejo ninguém mais além de você.

Eu começo a relembrar todas as vezes que ela demonstrou isso como uma forma de afastar todos os pensamentos negativos, respiro fundo para afastar eles e saio do carro.

A noite não teve nada de muito diferente, ela foi tomar banho primeiro enquanto eu procurava algo confortável para mim, comecei a tomar banho e ela foi fazer alguma coisa para nós duas comermos. Terminamos de comer e fomos assistir algum filme, dormi no sofá mesmo enquanto ela fazia cafuné no meu cabelo.

Entre Quatro ParedesOnde histórias criam vida. Descubra agora