Entre Quatro Paredes

capítulo 27: garagem (hot)

A sobremesa tinha chegado, nós comemos mas os flertes e minhas provocações continuaram. Ela tinha parado de beber fazia muito tempo já que ela que iria dirigir, mas eu continuei por um tempo depois de muita relutância dela.

- se continuar desse jeito eu vou me levantar desta mesa e te arrastar pro banho - ela diz bem irritada.
- isso é uma ameaça ou um convite ? - sorrio com malícia - o que eu mais quero é que você faça isso, senhora.
- porra Charlie, você fez eu me arrepender de ter comprado este vinho - por mais que estivesse irritada, ela tinha um pequeno sorriso no rosto.
- esse sorrisinho no rosto é de desaprovação, senhora ? - provoco
- Só estou planejando o que eu vou fazer com você quando nós sairmos daqui - bebe um gole da água que tinha pedido faz pouco tempo.
- vai fazer o quê comigo ? - encorajo, mordendo os lábios de forma sexy.
- hum...- uma pausa, como se estivesse organizando as ideias - te pendurar não seria uma má ideia. Lembra da última vez, Charlie ? Como você ficou tão vulnerável aos meus desejos ? O vibrador dentro de você enquanto você se segurava para não gozar ?

Fecho os olhos quando a lembrança vem à tona e sinto um pequeno encômodo no meio das minhas pernas, me fazendo cruzar elas. As mesas eram bem afastadas uma das outras, então ninguém poderia escutar o que estávamos falando.

- já cruzou as pernas, querida ? Imagina o que vai fazer quando meus dedos estiverem enfiados na sua buceta - ela sorri, maquiavélica.

Eu era boa em provocar, mas ela era a melhor. Mordo os lábios com um pouquinho mais de força, sou facilmente atingida por qualquer palavra dessa mulher.

- está calada, ficou muda de repente foi ? - ela sorri com um pouco de malícia.
- eu vou ao banheiro, licença - ignoro e me levanto e sigo na direção do banheiro.

Chegando lá eu me apoio meus braços na pia e me olho no espelho, eu sou muito fraca pra bebidas e tinha feito justamente o que não era pra fazer: beber demais. Lavo as mãos sentindo a água gelada na minha pele pra acalmar um pouco o fogo que eu estava sentindo, mas me veio uma ideia muito ousada.

Saio do banheiro com algo em minhas mãos, ela me observa caminhar, as fendas mostravam muito bem as minhas coxas e seu olhar estava preso nelas. Ao invés de me sentar eu me aproximo da mulher mais velha e me abaixo, ficando da mesma altura que ela está sentada.

- feliz aniversário - sussurro e coloco a minha calcinha de forma disfarçada em sua mão e volto para o meu lugar.
- você não fez isso...- ela sorri incrédula.
- se não acredita, veja. - falo de forma ousada enquanto abro as minhas pernas.

Graças a Deus a toalha de mesa cobria tudo, só dava pra ver se ela se abaixasse e olhasse por debaixo da mesa, e ela fez. Derrubou um garfo disfarçadamente, espiando por debaixo da mesa, abri as pernas para que ela tivesse uma visão excelente.

- você não fez isso...- ela diz incrédula, sorrindo maliciosa logo em seguida.
- sim, eu fiz - continuo com o sorriso malicioso e depois mordo o lábio.

A mulher me encara de cima a baixo, me analisando. Depois ela muda sua atenção e chama o garçom para pedir a conta, não espera dizer o valor e só entrega algumas notas de dinheiro pra ele avisando que o que ficasse seria dele, pelo jeito foi muito dinheiro porque o garçom arregalou os olhos.

- pro carro. - ela diz pra mim assim que entrega as notas pro jovem - agora.

Me levanto e a sigo para fora. Os recepcionistas ficam levemente agitados quando nos veem sair, não estavam esperando que nós saíssemos mais cedo então não colocaram o carro dela na porta, ela só pega a chave e pergunta a direção do estacionamento, depois pega a minha mão e praticamente me puxa até o local. Chegamos lá em um instante e não tinha absolutamente ninguém naquele local.

- você me provocou demais por uma noite - ela diz e me empurra, colando minhas costas na porta de seu carro enquanto tira a sua máscara e depois cola nossos corpos - eu posso te fazer gozar aqui nesta garagem, sabia ?

Ela coloca a mão por dentro da fenda do meu vestido, chegando muito perto da minha intimidade nua e ficou fazendo movimentos leves nos lábios, meio que ameaçando entrar. Solto um suspiro, quase que um gemido.

- você...não teria coragem...- provoco, olhando nos seus olhos e sorrindo.
- você fala demais pra alguém que se contorce e geme feito uma puta escandalosa, Charlie. - ela aperta o meu pescoço, sussurrando no meu ouvido e continua os movimentos.
- você está com medo de nos pegarem ? Quer trocar de lugar ? Eu posso fazer isso por você, se quiser. - provoco de volta. Seus olhos escurecem, acho que exagerei na dose. Bem vindo de volta, satanás.

Ela aperta mais um pouco o meu pescoço e enfia com tudo os dois dedos, me fazendo gemer de surpresa. A mão que estava no meu pescoço passa para a minha boca, abafando qualquer gemido que fosse sair pela minha boca.

- quietinha Charlie. Foi você que pediu, então aguenta - sinto seus dedos se movimentarem dentro de mim, começo a sentir meus gemidos querendo sair, mas me controlo - estou com vontade de por três de uma vez, mas vou te torturar lentamente até que você implore por mais.

Seus dedos foram tocando em cada ponto de prazer em mim, aos poucos os gemidos foram se descontrolando, mas eram abafados por sua mão que estava firme segurando a minha boca. Os seus dedos eram ágeis, depois de um tempo eu comecei a sentir meu corpo formigar, indicando que estava chegando ao clímax.

- hum, já vai gozar ? - ela usa um tom de desaprovação - ainda não terminei - e tira os dedos de dentro de mim, me fazendo soltar um som de frustração.

Ela não encostou em mim até que minha respiração aliviasse, me deixando extremamente frustrada, depois volta a me estocar com os dedos, seguindo essa sequência de tortura. Em uma dessas pausas ela finalmente tira a mão da minha boca.

- p-por quanto tempo isso vai durar ? - minha voz estava falhando e eu estava levemente rouca.
- por quanto tempo eu quiser - ela diz, firme.
- m-minhas pernas...estão tremendo...- minha respiração estava acelerada.
- me convença a te dar o que quer - ela coloca a mão no meu pescoço, depois aproxima a sua boca do meu pescoço e dá mordiscadas no local.
- p-por f-favor - minha voz falhava.
- por favor o quê ? - diz no meu ouvido - já estamos a tempo suficiente pra você saber que eu amo quando implora direitinho, Charlie.
- p-preciso dos seus dedos - deslizo uma de minhas mãos para a nuca de seu cabelo - preciso deles d-dentro de mim.
- mas eles já estraram dentro de você muitas vezes, não acha ? - ela diz, sínica.
- preciso deles dentro de mim até que eu goze - continuo mexendo nos seus cabelos - p-por favor.
- vou ser só um pouco boazinha com você - ela coloca os dois dedos novamente - mas só um pouquinho, por que ainda quero te ver se contorcendo, quase chorando de prazer - ela coloca a mão na minha boca e coloca o terceiro dedo devagar.

De início eu solto um gemido alto, que não é escutado tão alto assim por conta da mão. Não senti mexer dentro de mim até que ela percebesse que eu tinha me acostumando, começando a mexer no menor sinal de costume que meu rosto mostrou. Eu sentia dor, mas era uma dor boa.

Me mexia no seu corpo que estava grudado ao meu. Gemia alto, mas seu corpo dificultava por conta da proximidade. Senti uma lágrima sair do meu olho, mas estava tão bom que não liguei pra pequena dor. E novamente a sensação volta, desta vez um pouco mais rápida que as últimas.

- goza nos meus dedos, Charlie. - escuto a sua voz sussurrando no meu ouvido.

Minhas pernas fraquejam quando sinto o líquido escorrer entre as minhas pernas, mas ela me segura firmemente pela cintura e me mantém em pé. A mão que abafava meus gemidos agora estava dentro do bolso de sua calça, pegando as chaves do carro.

- pra dentro do carro.

Sua mão solta a minha cintura quando escuto o som do carro abrindo. Minhas pernas estavam levemente fracas, mas eu entro.

- se prepare, a noite vai ser longa - ela diz e começa a dirigir com velocidade.