— O que ela queria? — perguntou Boris assim que saí da cabana onde ficava o anexo. Ele estava com os cabelos ensopados de suor, gotas escorrendo pelo rosto e se perdendo na camisa que grudava no corpo, ressaltando seus músculos.
— Nada — dei de ombros, tentando não me distrair com a camisa molhada dele — Só perguntou algo nada a ver sobre o Patrick.
Ele arqueou uma sobrancelha, me olhando curioso, mas não insistiu. Em vez disso, começou a girar a bola de vôlei nas mãos, com os dedos se movendo de forma ágil e distraída.
— Tô indo dar um mergulho, quer vir? — perguntou, com o olhar animado.
Balancei a cabeça, tentando sorrir enquanto lutava contra a cor que subia nas minhas bochechas. Não queria parecer ainda mais vermelha na frente dele, especialmente com aquele sorriso de canto que sempre me deixava confusa.
— Ah, não sei... — respondi, forçando um tom casual, mas a ideia de estar na água com ele parecia tentadora e, ao mesmo tempo, assustadora.
Boris parecia captar minha hesitação. Ele inclinou a cabeça, um sorriso brincando nos lábios. — Vai ser divertido! É só um mergulho!
Depois de um momento, acabei concordando. A caminhada até o lago levou cerca de dez minutos, e cada passo era repleto de nervosismo.
Conversávamos sobre How I Met Your Mother, a nossa sitcom favorita em comum, discutindo os episódios e momentos.
— Eu ainda não consigo acreditar que você não gosta do Ted — ele riu, balançando a cabeça. — Ele é a alma da história.
— A alma? — retruquei, divertida. — Ele só é um cara indeciso!
Boris deu uma risadinha, seus olhos brilhando. — Ok, mas isso o torna divertido.
Conforme caminhávamos, a trilha estava cercada por árvores altas, e o som dos pássaros preenchia o ar, criando uma atmosfera tranquila. O sol filtrava-se entre as folhas, e eu sentia que, naquele momento, tudo estava em perfeita harmonia — a natureza, a nossa conversa e a presença dele.
— O que você faria se fosse o Ted? — ele perguntou, desviando para uma pergunta mais profunda.
Eu ri, balançando a cabeça. — Eu provavelmente faria tudo errado, igual ele.
Boris assentiu, rindo, mas fingindo estar pensativo. — Provavelmente.
Logo, avistamos o lago. A água brilhava sob a luz do sol, uma visão tão convidativa que quase fazia o restante do mundo desaparecer. Ao nos aproximarmos da margem, senti a brisa fresca, trazendo o cheiro característico de água e vegetação.
Boris sorriu, jogando a bola de vôlei para o lado.
Me sentei na borda, tirando as sandálias e observando a superfície do lago, as pequenas ondas que se formavam com a brisa. — É lindo — murmurei, um sorriso surgindo nos meus lábios.
Boris se virou de costas, começando a tirar o shorts, e um frio na barriga tomou conta de mim. Ele era tão despreocupado, tão natural. Instintivamente, me virei, pegando a barra do meu uniforme.
Enquanto desabotoava a parte de cima, a luz do sol acariciava minha pele. Em um gesto rápido, tirei o restante do uniforme, ficando apenas de sutiã e calcinha. A brisa fresca era revigorante e libertadora.
Boris me olhava com uma mistura de surpresa e admiração, seu olhar queimando minha pele. Meu coração disparou, e um calor subiu pelo meu corpo. O lago diante de nós parecia um convite irresistível.
— Você é linda — ele disse, com a voz baixa.
Um sorriso tímido surgiu nos meus lábios, enquanto o olhar dele fixava nos meus olhos. A conexão entre nós estava palpável, quase elétrica.
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𝐜𝐡𝐚𝐫𝐦! boris pavlikovsky
Genç Kurgudurante um verão que deveria ser uma fuga dos últimos acontecimentos, você embarca em um acampamento escolar, esperando passar os dias e noites com tranquilidade. tentando deixar o passado para trás, você conhece um garoto excêntrico, fã dos filmes...