Capítulo 25

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Perspectiva de Sam

A noite passou tranquila. Na manhã seguinte, após o café da manhã, percebo que a Liz não apareceu em casa e sinto um alívio tomando conta de mim. Aparentemente, ela realmente se despediu do garoto, porque Chai nem perguntou por ela. Antes de sairmos de casa para o dia das profissões e depois seguir para a Diversity, Mon vem correndo na nossa direção, quase como se estivesse com pressa.

— Toma, Khun Sam. — diz ela, estendendo uma caixa para mim. — São bolinhos para você levar para os colegas do Chai, para o dia das profissões.

— Ó não, de novo. — resmunga Chai, com uma expressão de desgosto.

Mon ignora o protesto dele e me faz segurar a caixa.

— Eu levo sempre. Se desta vez você vai, tem que levar os bolos. — diz ela, como se isso fosse uma regra inegociável.

— Ok. — respondo, tremendo mais de nervoso do que de entusiasmo, mas sabendo que não tenho escolha.

Pego a caixa e sigo com Chai para Duanpen. Coloco a caixa no assento ao lado e arranco com o carro. Assim que chegamos, pego a caixa, abro-a e estendo para Chai.

— Come alguns. — digo, tentando convencê-lo.

— Não quero. — ele responde, cruzando os braços, decidido.

— Filho, vamos comer os bolos no carro, assim não os levamos para a sua aula. — explico, tentando persuadi-lo.

— Não vamos levar? — ele pergunta, agora parecendo mais feliz.

— Tenho cara de quem leva bolos para quem quer que seja? — pergunto, orgulhosa da minha posição.

Ele logo estende a mão e começa a devorar alguns dos bolinhos, o brilho nos olhos dele é contagiante.

— Você é a maior! — diz ele, com um sorriso de alegria.

— Não pode dizer à mãe Mon. — peço, com um tom sério.

— Eu não sei mentir, mãe! — ele responde, já com a cara cheia de açúcar.

Fecho a caixa de repente e o olho com seriedade.

— Chai, sua mãe vai ficar furiosa se souber que não fiz as coisas como ela quer. — digo, temendo a reação de Mon.

— Eu vou tentar mentir, mas não prometo. Não tenho jeito. — ele diz, mastigando os bolos com fervor.

Depois de devorarmos a caixa, seguimos juntos para a escola. Dou uma olhada em mim, conferindo se estou bem arrumada, e depois olho para ele, começando a ajeitar a gola da camisa. Por instinto, levo minhas mãos ao cabelo dele, tentando penteá-lo melhor. Noto que seus olhos me observam, curiosos, mas ele não reclama.

— Estou bonito? — ele pergunta baixinho, como se estivesse buscando aprovação.

— Lindo, filho. — respondo, com uma ternura enorme, sentindo os fios finos do cabelo dele deslizando entre meus dedos.

Caminhamos até o portão da escola ao mesmo tempo em que Jim chega com Pong. Logo olho para ela, confusa.

— Vem explicar como é que fica o dia todo lendo revistas em casa? — pergunto, zombando dela.

— Bom dia para vocês dois também! — ela diz, com um sorriso. — Mon, não vem hoje?

— Não! — diz Chai, afirmando com convicção. — Este ano vem mãe Sam.

— Porque sua boca está cheia de açúcar, Chai? — pergunta Jim, arqueando uma sobrancelha.

— Porque eu... porque... bem... caí de cara em cima de bolos. — ele responde, sem jeito.

Mon & Sam - Viúva Por EnganoOnde histórias criam vida. Descubra agora