Perspectiva de Sam
É noite e aparentemente nenhuma das minhas amigas me deixou ficar na casa delas. Nessas horas, eu me pergunto qual a necessidade de ter amigas, já que quando eu mais preciso, elas simplesmente me dão um belo chute. Eu sei que não posso voltar pra casa agora, estou irritada demais. Se eu voltar, vou acabar gritando com Mon, e não quero estressá-la depois do susto que teve hoje com o bebê. Sem opções, volto para a Diversity. Vou dormir no sofá hoje, amanhã estarei mais calma e volto para conversar com ela.
Na manhã seguinte, acordo com dores no corpo por conta do sofá duro. Vou até o banheiro da Diversity, lavo o rosto e saio, pegando Duanpen para dirigir de volta para casa. Mon precisa ter uma boa explicação para Liz dizer tão convicta que aquele bebê é dela. Chego em casa no exato momento em que Mon está saindo com Chai. Olho o relógio e vejo que é a hora dele ir para a escola.
— Era eu quem devia levá-lo! — me lembro, apressando o passo para alcançá-los antes que entrem no táxi.
Mas, infelizmente, entram no táxi antes que eu consiga chegar até eles. Irritada comigo mesma por não ter olhado o relógio direito, entro em casa direto para o banheiro e depois vou trocar de roupa. Assim que termino, enquanto ainda estou secando o cabelo, ouço alguém tocando a campainha desesperadamente, com alguém resmungando do lado de fora.
— Droga, Mon, abre essa porta de uma vez! — É a voz de Liz. — Você não abriu ontem! Vai continuar se escondendo? Precisamos conversar!
Respiro fundo e me aproximo da porta, abrindo-a de repente.
— O que você quer com a minha mulher? — Pergunto, irritada.
— Ah, Sam... Você está em casa — ela diz, um tanto confusa.
— O que você quer? — repito, com a voz firme.
— Quero falar com a Mon. Ela está em casa? — Liz pede, aflita. — Ontem ela não me deixou falar com ela. O bebê está bem?
Tento fechar a porta na cara dela, mas ela coloca a mão para impedir e empurra de volta.
— Sam, sou a mãe dessa criança! Tenho o direito de saber! — ela diz, insistindo.
Pressiono a porta com mais força, tentando fechá-la de vez, mas aquela mulher continua a empurrar, tentando manter a porta aberta.
— Sam, deixa eu falar com a Mon! — ela insiste, teimosa.
— O que diabos você quer tanto falar com ela? Me conta! — digo, prestes a explodir.
— Ela pode ser sua esposa, mas precisamos entrar num acordo sobre o bebê. Eu quero participar da vida dessa criança. Ela engravidou enquanto estávamos juntas. É meu filho! Tenho meus direitos! — ela diz. — Mon não pode continuar se escondendo de mim para sempre.
Fico ali, olhando para aquela mulher, tentando entender como vou lidar com isso. Pelo visto, eu vou ter que aturá-la para o resto da vida se quiser ficar ao lado de Mon. A "mãe" do bebê que Mon carrega. Ela deveria ter me contado logo que aquele bebê não era meu. É completamente injusto. Como ela pôde mentir para mim? Fazer toda aquela cena romântica para me fazer acreditar que carregava meu filho...
— Sam, deixa eu falar com a Mon! — Liz insiste novamente.
— Ela não está — respondo, finalmente.
Enquanto fico cara a cara com essa mulher, tentando processar a ideia de que o filho que Mon me fez escolher o nome não é meu, Yuki chega à porta carregando sacolas.
— Finalmente você está em casa! — ela resmunga e para ao nosso lado. — Você é uma idiota completa, Sam!
Ela me empurra as sacolas, fazendo com que eu as segure.
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Mon & Sam - Viúva Por Engano
FanfictionApós uma viagem de negócios, logo após sua lua de mel, o avião onde Sam estava cai no oceano, deixando Mon devastada. Os anos seguintes são de um luto profundo, mas, depois de muito sofrimento e superação, Mon começa a reconstruir sua vida e encontr...