20

316 36 8
                                    

Olhar pra Lorena e conviver com ela está cada vez mais difícil

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Olhar pra Lorena e conviver com ela está cada vez mais difícil. Não sei o que aconteceu de uma hora pra outra, mas quando eu estou com ela o meu coração falta sair pela boca e me dá um frio enorme na barriga. Por mais que eu sinta isso e já sei o que significa, não consigo me afastar dela.

Os meus sentimentos por ela estão voltando depois de longos nove anos. Não é possível isso, vou provar pra mim mesmo que isso está errado, é só coisa da minha cabeça.

Assim que Lorena saiu do elevador, algo caiu do casaco dela bem no meio do corredor. Ela entrou no quarto dela e não viu que caiu. Saí do elevador e me abaixei perto do que havia caído.

Era um colar, mas não era qualquer colar. Eu conheço isso aqui.

Pego o objetivo nas mãos e me lembro na hora, dei esse colar pra ela no seu aniversário de 15 anos. Ela ainda usa?

Aperto o colar na mão e olho na direção do quarto dela. Me bateu uma pontada de felicidade por pensar que talvez ela ainda usa esse colar, só que desde que começamos a nos envolver e nas fotos que a Lorena posta, eu nunca vi ela com esse negócio no pescoço. Será que usa?

Vou descobrir agora.

Vou na direção do quarto dela e bato na porta. Enfiei as mãos no casaco escondendo o colar na minha mão direita.

Lorena abre a porta e eu entro, ela fecha meio que não ligando para a minha presença e começa a procurar algo no chão no quarto.

Ela está procurando o colar.

— o que tanto procura? — pergunto curioso

— perdi uma coisa.

— que coisa?

— que curioso você — se vira de costas procurando embaixo da mala dela

— procurando isso aqui né?! — tiro o colar do bolso e ergo ele pra cima

Lorena se vira lentamente pra mim e seus olhos encaram colar. Sabia.

— onde achou isso? — vem rapidamente até mim tentando pegar da minha mão

— caiu do seu casaco no corredor — ergo o braço pra cima impedindo que ela pegue da minha mão

— Charles, me devolve — me olha séria

— e se eu não quiser? — provoco sorrindo

Ela respira fundo e me encara brava.

— eu te mato bem aqui — fala

— duvido.

Pra que eu fui falar isso.

Meu braço estava para cima, o que foi uma ótima oportunidade pra ela me dar uma cotovelada na costela. Solto o colar automaticamente e ponho as mãos no local da cotovelada.

LET THE WORLD BURN Onde histórias criam vida. Descubra agora