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Eu quero chorar, eu quero gritar, eu quero sumir

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Eu quero chorar, eu quero gritar, eu quero sumir.

Por que meu pai é assim? Por que ele sempre tem que fazer essas coisas?

Por que Charles se enfiou no meio? Só piorou a situação e agora meu pai vai perseguir ele sempre.

Saí daquele autódromo chorando, assim que entrei no carro eu desabei real. Não aguento isso, meu pai gritando comigo me culpando por Max ter acabado em sétimo lugar e aquele tapa no rosto só me lembraram mais ainda de como era nossa infância. Meu pai foi a minha maior decepção.

Assim que cheguei no hotel, fui pro meu quarto correndo. Sentei na cama e escondi o rosto nas mãos chorando, eu não tô bem com isso. E ainda por cima Charles entrou no meio da briga e foi ameaçado, que merda ele pensou que estava fazendo?

Ouso batidas na porta e fico em silêncio rezando pra que a pessoa vá embora.

— lolô, sou eu. Sei que está aí, te vi chegar — ouso a voz do meu irmão

Droga. Vou ter que abrir a porta.

Passo as mãos no rosto secando as lágrimas e respiro fundo. Vou até a porta e abro, Max entra e fecho a porta atrás da gente.

— estava chorando? — me encara

— não.

— não adianta mentir, seus olhos e rosto estão vermelhos — vem até mim

— não é nada Max — desvio dele e sento na cama

— Lorena — respira fundo — o papai foi falar coisas pra você sobre a corrida né?!

Fico em silêncio. Em um momento como esse onde ele já viu que eu estava chorando, é meio impossível eu mentir falando que meu pai não fez nada.

— ele falou, mas não liga ok?! — falo

Seus olhos param imediatamente na parte do meu rosto que meu pai deu o tapa, essa parte está bem vermelha e com certeza ele reparou.

— ele te bateu.

Fico encarando os olhos dele após o mesmo falar isso. Droga Max.

— não vai tirar satisfação com ele por favor, não vai adiantar nada — tento segurar a vontade de chorar de novo

— droga — ele dá um tapa na mesa de cabeceira — desculpa por não ter conseguido evitar isso.

— não foi sua culpa. Eu que tenho que te pedir desculpas pelo sétimo lugar.

Meu irmão passa as mãos no cabelo suspirando profundamente.

— não foi sua culpa. Esquece a corrida — vem até mim e me abraça

Escondo o rosto no ombro dele e choro de novo. Meu irmão é meu porto seguro, me sinto mal por estar escondendo meu envolvimento com Charles dele, mas eu tenho medo de como será a reação dele, medo do que possa acontecer.

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